'Temos esperança de que esteja vivo', diz irmã de desaparecido na BR-376
"Já falaram que ele foi resgatado e levado até o hospital, mas até agora não temos nenhuma confirmação". O relato de desespero é da artesã Marina Iavorski, que está com o irmão Márcio Rogério de Souza, 51, desaparecido desde a noite de segunda-feira, após um deslizamento de terra atingir vários veículos na BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná.
A estimativa inicial do governo do Paraná é que 30 pessoas estejam desaparecidas.
Os irmãos moram juntos em Curitiba e no dia da tragédia Márcio retornava para casa sozinho, para depois seguir viagem novamente.
Ao UOL Notícias, Marina conta que busca por informações desde as primeiras horas da tragédia e a procura tem sido cada vez mais angustiante.
"Ninguém fala nada e passa informações do local que ele está. Está sendo extremamente difícil, já que ele pode estar em algum hospital ou embaixo de tudo aquilo. A gente entende que estão fazendo o máximo para resgatar as vítimas, enquanto isso estamos indo atrás como a gente pode, percorrendo os hospitais e indo atrás dele", diz Marina.
Apesar das dificuldades de conseguir informações, a família tem esperança de encontrar o caminhoneiro bem.
"Meu irmão tem 30 anos de profissão e estamos com muita esperança de que ele esteja vivo e bem. Nem sei o que falar da situação do caminhão, já que ficou bem destruído. Estamos cegos, sem saber para que lugar podemos correr e acabar com tudo isso", diz.
Duas vítimas identificadas
O corpo do caminhoneiro catarinense João Maria Pires, 60, foi o primeiro a ser identificado no deslizamento de terra na BR-376.
Ele era de São Francisco do Sul, mas morava em Curitiba.
O motorista estava sozinho em um caminhão que ficou com a cabine pendurada na rodovia, após ser levado pela força da queda de barreira. João era casado e deixa cinco filhos.
O sepultamento será no fim da tarde de hoje no Cemitério Municipal de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Ele foi a segunda pessoa a ser encontrada sem vida no local da tragédia. O primeiro corpo retirado do local ainda não foi identificado e vai passar por perícia.
O dirigente de Identificação de Vítimas de Desastres, da Polícia Civil do Paraná, André Langowiski, afirmou que todo tipo de informação é necessário para identificação das vítimas.
"Trabalhamos de forma ininterrupta para receber as famílias, para que nos deem as informações que ajudem a identificar essas vítimas mais facilmente, incluindo a entrega de documentos, descrição de tatuagem e outras particularidades. Por outro lado, é feito o exame pericial da vítima para tentar cruzar essas informações com o que é apresentado anteriormente. Pela natureza desse desastre, não devemos ter dificuldade em identificar as vítimas", disse o perito.
O governo do Paraná disponibilizou um canal para atender familiares das vítimas.
A Central de Atendimento da Polícia Científica funciona 24 horas pelo telefone (41) 3361-7242.
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