Mulher é morta, e polícia apura se ex-marido atirou enquanto ela lia carta
Uma mulher foi assassinada na última quinta-feira (1°), na cidade de Sorocaba (SP). O corpo de Rosemeire Alves dos Santos Cunha, de 41 anos, foi encontrado com uma carta na mão, de acordo com o boletim de ocorrência. A Polícia Civil investigará se o ex-marido disparou contra a cabeça dela, no momento em que ela lia um bilhete escrito por ele.
De acordo com o boletim de ocorrência, Paulo Cesar Carneiro Cunha, de 48 anos, matou Rosemeire com uma arma de fogo, durante a madrugada. A vítima estava na casa de sua mãe, no bairro Vitória Régia, onde morava.
Depois do crime, o homem teria ido para sua residência, no bairro Sorocaba Park, e se suicidado. Um revólver com numeração ilegível e três munições foram apreendidos no local.
O caso está sendo investigado como feminicídio e como suicídio pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba.
Casal passava por um processo de divórcio. A suspeita inicial da polícia é de que Paulo tenha atirado duas vezes na cabeça de Rosemeire, devido à posição na qual o corpo dela foi encontrado, na garagem do imóvel.
Além disso, o boletim de ocorrência diz que a mãe da vítima e duas crianças, de 8 e 10 anos, estiveram presentes no local do crime e presenciaram o assassinato.
Os corpos de Rosemeire e Paulo passaram por perícia e a carta também foi apreendida. O conteúdo dela não foi divulgado.
O corpo da mulher foi sepultado na última sexta (2) no Cemitério Santo Antônio, em Sorocaba. O UOL não conseguiu contato com a família dela.
Rosemeire já havia sido ameaçada com uma arma e tinha medida protetiva contra o ex-marido. Por meio de um boletim de ocorrência registrado em novembro, a vítima comunicou que Paulo discordava do divórcio, bem como não queria deixar a casa em que moravam juntos.
Na ocasião, a polícia colheu o depoimento dela, que disse que se sentia ameaçada, pois ele a acusava de traição.
Ainda conforme o B.O, o homem pegou uma arma no carro dele, durante uma discussão, e Rosemeire conseguiu esconder o objeto no tanque da lavanderia, durante a briga.
Ela ainda contou que, naquela noite, não conseguiu dormir, pois o homem queria que ela entregasse a arma, e na manhã seguinte, quando ela saiu para trabalhar, ele entrou na residência e pegou a arma.
Paulo também teria hackeado o celular de Rosemeire, segundo relato dela, para saber com quem ela conversava e onde estava.
De acordo com a vítima, seu ex-marido fazia uso de álcool e drogas. No boletim ainda há a informação de que não foi achado registro de arma no nome dele.
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