Quem era o advogado que teve corpo enterrado no quintal de uma casa em MG
O advogado Alexandre Mauro Barra, 31, cujo corpo foi encontrado ontem à noite, nos fundos de uma casa em Montes Claros (MG), a 424 km de Belo Horizonte, era um homem discreto, pouco presente nas redes sociais. Evangélico, ele chegou a fazer um post no Facebook apoiando a candidatura de cabo Daciolo para presidente, em 2018.
Formado pela Fadisa (Faculdade de Direito Santo Agostinho), ele realizou a prova para ingresso na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em 2016, recebendo a carteira em 2017, das mãos do advogado criminalista Jackson Ferraz Costa.
Alexandre gostava de carros e de esportes, principalmente o futebol. Em 2017, no dia 20 de outubro, fez uma postagem em que anunciava a própria morte, numa brincadeira que causou indignação entre os amigos.
"Nós, familiares, com muito pesar, entramos no Facebook do Alexandre Barra para informar que ontem, por volta das 22h, ele sofreu um grave acidente e teve uma parada cardíaca. Os médicos Fizeram tudo que foi possível, mas ele não resistiu aos ferimentos, a pancada foi muito forte. Estamos todos de luto e sem chão", escreveu.
"Na cirurgia do coração foi descoberto que havia algumas pessoas especiais, inclusive você que se preocupou com essa mensagem e quase infartou com essa publicação. Moral da história: Não deixe para sentir falta só depois que perde", sugere.
"Viu como o sentimento voltou quando leu essa notícia? Então diga eu te amo, abrace, sorria com a pessoa que está ao seu lado, porque depois que se perde só restará a saudade. Fica a dica, ame o próximo como a ti mesmo. Se sentir vontade, procure aquela pessoa que você sente falta, mas o orgulho não deixa que você procure, a vida é curta demais".
Investigações continuam
Um exame realizado pelo IML (Instituto Médico Legal) indicou que a morte do advogado pode ter sido causada por traumatismo craniano. Seu corpo foi encontrado enterrado sob uma camada espessa de concreto no quintal de uma casa em Montes Claros, no Norte de Minas, na noite de ontem.
As autoridades trabalham com a hipótese, levantada por uma denúncia, de que o advogado costumava fazer transações clandestinas, como empréstimos a juros elevados e sem autorização do Banco Central, prática conhecida como agiotagem.
A polícia suspeita que o crime tenha sido motivado por uma suposta dívida que os possíveis autores teriam com a vítima. Testemunhas ouvidas no local pelos agentes afirmaram que os responsáveis pelo homicídio não teriam dinheiro para pagar por um empréstimo concedido pelo advogado.
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