Anestesista é indiciado por estuprar e gravar paciente desacordada no RJ
A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu a investigação sobre um dos casos envolvendo o médico colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo por estuprar e gravar uma paciente sedada, no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão, da UFRJ. Vídeos armazenados pelo suspeito o fizeram responder por pelo menos mais um crime semelhante em unidades de saúde fluminenses.
A corporação, porém, não deu detalhes sobre o indiciamento, encaminhado à Justiça hoje. Também está sendo solicitada a conversão da prisão temporária, de 30 dias, em preventiva, que não tem prazo.
- Leia também: Colombiano e noivo de médica: quem é o anestesista que abusou e gravou pacientes em hospitais do Rio de Janeiro
"A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) concluiu, nesta segunda-feira (23/01), o inquérito relacionado ao médico preso na semana passada por estupro de vulnerável. A especializada vai enviar o procedimento para a Justiça, ainda hoje, com o indiciamento do autor e a solicitação de conversão da prisão temporária em preventiva", diz a nota.
O colombiano foi preso no último dia 16 de janeiro, e também é investigado por um caso no Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth. O anestesista teria registrado em vídeo a violência, cometida enquanto as mulheres estavam desacordadas, em 2020 e 2021. De acordo com a polícia, ele também é suspeito de outros crimes, em hospitais na rede particular.
As investigações contra Andres tiveram início em dezembro de 2022, quando a Polícia Civil recebeu informações do Sercopi (Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil) da Polícia Federal sobre um acervo de 20 mil arquivos de pornografia infantil nos computadores do médico.
Em nota ao UOL, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou que "a direção do Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth colaborou com a Polícia Civil na investigação que levou à prisão do médico anestesista". O médico deixou de atuar na unidade em setembro de 2021.
O Complexo Hospitalar Universitário Clementino Fraga Filho também se manifestou afirmando que forneceu informações às autoridades e que Andres não atua na unidade desde 2021. Na data do crime, ele fazia um estágio no hospital, ainda segundo o comunicado enviado à reportagem.
O UOL entrou em contato com o advogado Mauro Fernandes da Silva, que representa o profissional de saúde, para coletar posicionamento em defesa do investigado, mas, até momento, não obteve retorno. Este espaço será atualizado tão logo haja manifestação.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.