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Prédio da OAB no Rio é esvaziado após ameaça de bomba

Segundo organização, prédio foi evacuado por volta das 12h e atividades foram momentaneamente suspensas - OAB Rio de Janeiro/Divulgação
Segundo organização, prédio foi evacuado por volta das 12h e atividades foram momentaneamente suspensas Imagem: OAB Rio de Janeiro/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

15/02/2023 13h59Atualizada em 15/02/2023 17h59

O prédio da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no centro do Rio de Janeiro foi esvaziado na manhã de hoje por uma ameaça de bomba. Por volta das 16h, a Polícia Civil do estado afirmou que "nenhum artefato explosivo foi localizado", após varredura e auxílio de cães farejadores.

"Testemunhas estão sendo ouvidas e uma carta citando a ameaça foi entregue aos policiais e passará por exame de perícia. Os agentes requisitarão imagens de câmeras instaladas no local e outras diligências serão realizadas para esclarecimento dos fatos", disse a polícia em nota ao UOL.

Segundo a OAB, o caso foi registrado por volta das 12h, as Polícias Civil e a Militar foram acionadas e todas as atividades administrativas estão suspensas. Além disso, a segurança foi reforçada no entorno da sede.

Em contato com o UOL, a ordem confirmou que foram encontrados bilhetes com ameaças, um estava no elevador e outro em um banheiro do sétimo andar do prédio. As mensagens ameaçavam a detonação de bombas na data de hoje.

"Esvaziem o prédio porque os efeitos serão impactantes. Muitos serão feridos ou perderão suas vidas", diz um trecho da nota.

O registro de ocorrência feito por advogados da instituição indica que os bilhetes foram descobertos por funcionários terceirizados da limpeza.

A sede da ordem na capital fluminense era hoje o palco da entrega das carteiras de 60 novos advogados e, para a cerimônia, foram convidados amigos e familiares. Ao todo, o presidente da OAB no Rio, Luciano Bandeira, estimou que 200 pessoas estavam presentes no auditório.

"Temos câmeras de segurança e elas já estão sendo analisadas pelo esquadrão antibombas", afirmou.

Rodrigo Mondego, procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB no Rio, relembrou hoje nas redes sociais outros três casos de ameaças contra a ordem:

  • Em 1980, a secretária da OAB Lyda Monteiro morreu após abrir uma carta-bomba endereçada ao então presidente da ordem, Eduardo Seabra Fagundes. A OAB trabalhava na época na denúncia de desaparecidos e de torturas contra presos políticos;
  • Em 2013, uma bomba de festim estourou no prédio após ameaças contra a ordem;
  • Em 2017, a OAB recebeu um telegrama com ameaças.