Topo

O que disseram os sobreviventes de chacina com 7 mortes após jogo de sinuca

Do UOL, em São Paulo

24/02/2023 04h00

Os dois sobreviventes da chacina da última terça-feira (21) após um jogo de sinuca em um bar de Sinop (MT) contaram em depoimento o que viram. Uma das testemunhas só presenciou os primeiros disparos e fugiu. Já a outra viu todo o ataque.

O homem que sobreviveu ao ataque aparece no vídeo de camiseta preta e bermuda clara. Ele estava sentado em uma mesa próximo à rua quando o grupo foi rendido por Ezequias, que estava armado e abordou as vítimas na parte de trás do bar.

O sobrevivente se levanta quando vê Edgar caminhando em direção ao bar com uma espingarda nas mãos. O atirador estava ao lado dele quando fez os dois primeiros disparos. O sobrevivente então sai correndo do local.

"Ele disse que só viu esses dois primeiros disparos e saiu correndo", disse o delegado Bráulio Junqueira, responsável pela investigação do caso.

Já a outra sobrevivente era a esposa de Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, 36, que teria vencido Edgar nas partidas de sinuca. Em depoimento, ela disse ter visto Ezequias atirando no seu marido e em Maciel Bruno de Andrade, 35, o dono do bar.

"Ela viu o próprio marido e o dono do bar sendo mortos a tiros. Ela só escutou o estrondo [dos tiros de espingarda dados por Edgar]. E só não foi morta por sorte, já que estava dentro do bar, ao lado das vítimas", disse o delegado.

Só depois do ataque, ela percebeu que Larissa Frazão de Almeida, 12, filha do casal, também havia sido morta no atentado. Ela tentou fugir, mas foi morta com um tiro nas costas.

O que aconteceu com os autores da chacina:

  • Edgar Ricardo de Oliveira, 30, se entregou ontem à polícia. Nas imagens, é ele quem aparece com uma espingarda, matando a maioria das pessoas.
  • Ezequias Souza Ribeiro, 27, morreu na quarta-feira (22) após ter sido baleado por resistir à prisão, segundo a PM. No vídeo, ele é o responsável por render e atirar nas vítimas em um bar.
  • Edgar teve a prisão temporária decretada pela Justiça por homicídio qualificado por motivo fútil, uso de arma de fogo e meios que dificultaram a defesa das vítimas.