Preso por matar esposa pediu ajuda na TV para achá-la antes de confissão
Dias antes de confessar o assassinato da esposa em Goiás, em fevereiro, um homem de 43 anos deu entrevista para uma equipe de TV dizendo estar preocupado com o suposto desaparecimento da vítima.
Se as pessoas verem ela perambulando pela rua, que ligue para a gente, que chame a polícia aqui. Que vá lá, pegue ela, leve para um lugar seguro, que converse com ela. Ela está andando, está andando na região, as pessoas têm visto ela bastante"
Reginaldo Nunes de Moura, em entrevista à TV Anhanguera, em 16 de fevereiro
Após o assassinato da mulher, a esteticista Juscélia de Jesus da Silva, 32, Reginaldo Nunes de Moura também se passou por ela em mensagens de celular, segundo a polícia.
O homem fez o registro policial do desaparecimento da esposa, dizendo que ela tinha saído para uma entrevista de emprego em Goiânia.
O corpo da mulher, dada como desaparecida em 14 de fevereiro, foi encontrado nu e envolto em um saco plástico no município de Abadia de Goiás no dia 19.
Reginaldo, que não foi ao velório da esposa, confessou o crime após inconsistências na versão dada por ele à polícia.
A investigação
- A investigação mostrou que a vítima não pediu um carro de aplicativo, como apontado pelo suspeito à polícia.
- Câmeras de segurança do bairro onde o casal morava, no Recanto das Emas, em Goiânia, mostraram que a vítima não saiu de casa na manhã do sumiço, como dizia o marido.
- A investigação ainda apontou que Juscélia já estava morta quando Reginaldo foi visto chegando em casa em um carro que pegou emprestado do irmão da esteticista. O veículo teria sido usado para levar o corpo até o local da desova, segundo a polícia.
- No mesmo dia, o homem contatou a família da mulher para dizer que ela estava desaparecida.
O delegado responsável pela investigação, João Paulo Mendes, informou que Reginaldo foi preso na terça-feira (21) e confessou que matou a vítima em razão do dinheiro obtido com a venda de um carro da família.
"Segundo o suspeito, eles queriam dar destinos diferentes ao valor recebido. Ele conta que durante uma briga, a vítima teria caído e batido com a cabeça", afirmou o delegado ao UOL.
A defesa de Reginaldo não foi encontrada. O espaço segue aberto para manifestação.
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