Elize é suspeita de usar documento falso e pode voltar à prisão, diz jornal
Elize Matsunaga é investigada pela Polícia Civil de São Paulo após uma suspeita sobre uso de um documento falso para ser empregada em uma empresa de construção civil no município de Sorocaba, no interior do estado. As informações são do jornal O Globo.
O que Elize teria feito:
- A função de Elize era acompanhar obras dentro de condomínios de luxo da região;
- Como para ter acesso ao trabalho é preciso apresentar atestado negativo para antecedentes criminais, ela teria apresentado um documento falso;
- Elize teria pego o documento em nome de outro funcionário e colado por cima seu nome de solteira, Elize Araújo Giacomini.
De acordo com o jornal, Elize Matsunaga foi detida hoje (27) enquanto trabalhava como motorista de aplicativo em Franca, onde mora atualmente. Em depoimento, ela teria negado que seja autora da falsificação e que tenha usado tal documento.
Os policiais teriam ido até a antiga residência de Elize em Sorocaba e vasculhado seus armários. Segundo a reportagem, a polícia encontrou fotos e vídeos da acusada tomando bebidas alcoólicas na praia, o que viola a condicional do regime aberto.
O material será encaminhado para o promotor que acompanha a execução penal de Elize.
O promotor Luiz Marcelo Negrini, que acompanha a execução penal dos presos do regime fechado de Tremembé, explicou que Elize pode voltar ao sistema prisional.
Prática de crime no curso do aberto dá regressão. Caso ela seja condenada pelo crime novo, essa nova pena será acrescida ao que faltava. Só depois deverá ser fixado pelo juiz o regime adequado."
O que diz a defesa:
- O advogado de Elize, Luciano Santoro, pediu aos policiais na delegacia em que a acusada ficou detida provarem que ela era a autora da falsificação do documento;
- "O documento é algo grotesco, uma colagem tosca. Não foi ela quem fez e nem chegou a ser usado";
- Santoro também questiona a afirmação que ela teria ingerido bebida alcoólica. "Isso precisa ser provado. Ou seja, não basta uma foto de ela segurando um copo. Teria que ter apreendido o líquido e periciado";
- O advogado ainda disse que Elize não precisaria falsificar atestado de antecedente criminal porque seu processo não foi tramitado e julgado, já que ele apelou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para reduzir pela segunda vez a pena.
Motorista de aplicativo. A empresa Maxim confirmou na sexta-feira (24) o cadastro de Elize Matsunaga como motorista da plataforma e explicou que não exige antecedentes criminais para o cadastro, como fazem outros apps. Na verdade, são checados apenas a CNH (Carteira Nacional de Habilitação), o documento do veículo e o estado do carro.
No fim da tarde, a Maxim enviou um novo comunicado, dizendo que o fato de Elize estar em livramento condicional ou eventual cumprimento de pena em regime aberto "não deve ser um impeditivo de que a mesma possa trabalhar", porque o direito ao trabalho está previsto na Constituição Federal e a empresa "acredita na ressocialização do indivíduo". Segundo a nota, Elize começou a trabalhar com a plataforma em 2023.
Semana passada, usuários de aplicativos de transporte expuseram nas redes sociais o cadastro de Elize, com o nome de solteira, Elize Araújo Giacomini, dirigindo um Honda Fit, e com avaliação de 4,8.
Elize foi condenada a 16 anos de prisão por ter matado e esquartejado o marido em 2012.
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