Condomínios de Anitta e Xuxa e busca no Google Maps: como ladrão agia no RJ
João Paulo Ferreira de Melo Barbosa, 35, agia sozinho e escolhia no Google Maps as casas de luxo que iria invadir e roubar, segundo relatou em depoimentos. Ele foi preso na sexta-feira (24) em um shopping na zona sul do Rio.
Entre os condomínios invadidos pelo ladrão confesso, estão o Mansões, onde Anitta tem casa, e o Malibu, onde Xuxa já morou.
Passo a passo das invasões e roubos
- Barbosa via no Google Maps quais casas de condomínios de luxo tinham terreno baldio ao lado --geralmente na Barra da Tijuca e em São Conrado.
- Nesses terrenos, ele escalava os muros ou escadas que davam acesso às casas.
- O ladrão afirmou que não conhecia os donos e a escolha era "na sorte".
- Dentro dos quintais, ele aproveitava portas destrancadas e roubava objetos de valor.
O que ele levava?
As investigações da Polícia Civil indicam que o prejuízo total das vítimas pode passar de R$ 6 milhões. Entre os objetos estão:
- Notebooks, principalmente da marca Apple.
- Videogame Playstation.
- Perfumes e joias.
- Relógios das marcas Rolex, Panerai, Audemars Piguet e Patek Philippe --que podem custar cerca de R$ 300 mil cada.
O que ele fazia com os objetos roubados?
As joias eram entregues a receptores autônomos, que compravam e vendiam ouro e pedras preciosas. Um dos roubos rendeu R$ 55 mil (um rolex e cordão, pulseira e outro relógio de ouro) a Barbosa. Ele procurava pelos compradores em redes sociais.
Os eletrônicos e perfumes eram vendidos em plataformas de venda online. Com o dinheiro, ele afirma que comprava móveis e celulares para consumo próprio e pagava contas.
Prisão e soltura em 2022
Barbosa relatou sua forma de agir em depoimentos à Polícia Civil em 2021 e 2022. Há 10 inquéritos abertos de roubos com envolvimento de Barbosa, de acordo com sua ficha de antecedentes criminais.
- Em 2021, ele disse que se arrependia dos crimes e se colocou à disposição das autoridades.
- Em 2022, quando voltou a ser identificado como autor de mais um roubo, ele foi preso. O Ministério Público disse, na denúncia, que havia a chance de ele voltar a "cometer novamente a conduta criminosa" e pediu a prisão preventiva.
A Justiça entendeu que havia "suficientes indícios de autoria" e decretou a prisão.
Barbosa ficou preso seis meses e foi solto em novembro, depois de revogada a preventiva. De acordo com as investigações, ele roubou três casas em São Conrado, zona sul do Rio, desde que foi solto.
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