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Apoiador do golpe, maior médium do Brasil sofreu na infância por seu dom

Médium Divaldo Franco esteve com Jair Bolsonaro antes da eleição - Reprodução
Médium Divaldo Franco esteve com Jair Bolsonaro antes da eleição Imagem: Reprodução

Franceli Stefani

Colaboração para UOL

02/03/2023 11h14

O médium Divaldo Franco se tornou destaque na mídia por espalhar desinformação. Ele se declarou favorável aos golpistas que depredaram as sedes dos poderes da República, em Brasília, na primeira semana de janeiro. Isso gerou ataques até de nomes conhecidos como Chico Pinheiro.

Afinal, quem é Divaldo Franco?

O baiano Divaldo Pereira Franco, 95, é considerado o principal médium brasileiro da atualidade, reconhecido ao redor do mundo, com mais de 74 anos dedicados à oratória espírita. Ainda é professor, médium renomado, orador e filantropo.

Aos quatro anos começou a se perturbar com o que vê, se torna rejeitado pelas crianças e é reprimido pelo pai, Francisco Pereira Franco. Só aos 17 é que começa a entender seu dom. A mãe, Ana Alves Franco, então, o leva para Salvador, onde Divaldo começa a estudar a doutrina espírita, sob orientação de Joanna de Ângelis, sua guia espiritual.

Se tornou um "fiel mensageiro da palavra de Cristo pelas consoladoras e esperançosas lições da Doutrina Espírita", conforme descreve sua biografia no site Mansão do Caminho.

Reconhecido e respeitado pelo mundo inteiro, já participou de mais de 20 mil conferências e seminários em 71 países, é chamado de Semeador de Estrelas.

Mantenedor da instituição de Mansão do Caminho há mais de 70 anos, fundou a obra "de amor e fraternidade" em 15 de agosto de 1952, ao lado do amigo Nilson de Souza Pereira, mais conhecido como Tio Nilson No local, cerca de cinco mil pessoas buscam auxílio material, educacional e espiritual, diariamente.

Na adolescência, cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana e se tornou professor primário, em 1943. Foi escriturário no antigo Instituto de Previdência e Aposentadoria dos Servidores do Estado (IPASE), em Salvador, onde se aposentou em 1980.

Ao longo de sua vida, coleciona centenas de homenagens, entre elas, políticas, culturais e governamentais. Como escritor, lançou mais de 250 livros psicografados que venderam em torno de oito milhões de exemplares. Muitas obras já traduzidas para outros 17 idiomas, totalizando cerca de 50 mil páginas e 20 milhões de cópias vendidas.