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Caso Bernardo: Começa novo júri de Leandro Boldrini no Rio Grande do Sul
Começou hoje o novo júri de Leandro Boldrini, acusado e condenado por participação na morte do filho, Bernardo Boldrini, ocorrida em abril de 2014 na cidade de Três Passos, no norte do Rio Grande do Sul.
O novo julgamento:
- O médico foi julgado e condenado em 2019, juntamente com os outros três acusados, mas teve o júri anulado em dezembro de 2021, pela 1ª Câmara Criminal do TJRS, que viu "quebra da paridade de armas durante o interrogatório do médico".
- Em 2019, Leandro foi condenado a 33 anos e 8 meses de prisão (30 anos e 8 meses por homicídio, 2 anos por ocultação de cadáver e 1 ano por falsidade ideológica).
- O novo julgamento tem a previsão de duração de três dias. Ao todo, serão 10 testemunhas. Cinco pessoas foram arroladas pela acusação, todas já ouvidas no primeiro julgamento. A defesa solicitou a oitiva de oito pessoas.
- O júri será presidido pela juíza Sucilene Engler Audino, e formado por sete jurados, sorteados no começo da sessão de julgamento.
- A defesa é composta pelos advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares. O Ministério Público será representado pela Promotora de Justiça Lúcia Helena de Lima Callegari e pelo Promotor de Justiça Miguel Germano Podanosche.
Relembre o caso:
- Bernardo desapareceu em 4 de abril de 2014 na cidade de Três Passos (RS), aos 11 anos.
- Seu corpo foi encontrado 10 dias depois, em Frederico Westphalen, enterrado às margens de um rio. Edelvânia, amiga da madrasta, admitiu o crime à polícia e mostrou o local onde o corpo foi enterrado. O menino morreu depois de receber uma forte dose do sedativo midazolam.
- Quase cinco anos após a morte, foram condenadas quatro pessoas: o pai, Leandro Boldrini; a madrasta, Graciele Ugulini; a amiga do casal, Edelvânia Wirganovicz, e Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia.
- A sentença lida pela juíza Sucilene Engler à época apontou que, além da morte, o garoto sofria maus tratos: "O acusado [pai] e a madrasta perpetravam atos de violência psicológica e humilhação contra a vítima, como mostram vídeos no celular do réu", escreveu a juíza.
- Na decisão, também foi citado o "descontrole emocional e perversidade extraordinária" do pai.
Penas
Leandro Boldrini, pai de Bernardo
- Por homicídio: 30 anos e oito meses de prisão
- Por ocultação de cadáver: 2 anos de prisão
- Por falsidade ideológica: 1 ano de prisão
- Total: 33 anos e oito meses de prisão
Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo
- Por homicídio qualificado: 32 anos e 8 meses de prisão
- Por ocultação de cadáver: 11 meses de prisão
- Total: 33 anos e 7 meses de prisão
Edelvânia Wirganovicz, amiga do casal
- Por homicídio qualificado e ocultação de cadáver: 23 anos de prisão
Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia
- Por homicídio simples e ocultação de cadáver: 9 anos e 6 meses de prisão. Ele poderá ir para o regime semiaberto
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