Topo

Metroviários aceitam proposta, encerram greve e elevam críticas a Tarcísio

Do UOL, em São Paulo

24/03/2023 07h55Atualizada em 24/03/2023 13h01

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo aceitou hoje a proposta do Metrô e do governo de São Paulo para encerrar a greve, iniciada ontem.

O que aconteceu:

  • Metroviários receberam orientação para voltar imediatamente aos seus postos de trabalho.
  • Às 12h45, o Metrô retomou a operação em todas as estações.
  • Resultado da assembleia foi apertado: 1.480 metroviários votaram pelo fim da greve enquanto 1.459 queriam mantê-la. Outros 62 escolheram a abstenção.
  • As principais críticas dos contrários ao fim da greve eram sobre o valor de R$ 2 mil proposto como abono.
  • Proposta também prevê participação nos lucros de 2023, que serão pagos no ano que vem.
  • Também há a garantia que nenhum funcionário será punido pela greve nem pela retirada do uniforme.

Os sindicalistas fizeram críticas à proposta, mas avaliaram que é necessário "sair de cabeça erguida" na disputa.

Não existem condições de continuar o movimento no fim de semana. Não queremos transformar a vitória política dessa greve em uma derrota para a categoria. Temos uma campanha salarial, e daqui a duas semanas vai começar um novo enfrentamento."
Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários

Os metroviários criticaram o governador e dizem manter indignação. "Ontem, vimos o Tarcísio fazendo uma política para a imprensa e uma política para a Justiça. Falou para a imprensa que ia ter catraca livre e foi para a Justiça pedir a cassação da catraca livre. Se tem alguém fazendo política contra os trabalhadores, é o governador Tarcísio", completou Lisboa

Nos dois dias de greve, as linhas 4-amarela e 5-lilás funcionaram normalmente, assim como todas as linhas CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitana).

O rodízio de veículos permanece suspenso em toda a cidade de São Paulo hoje, assim como aconteceu ontem, no primeiro dia da greve.