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'Foi instinto de proteção', diz professora que imobilizou adolescente em SP

Do UOL, em São Paulo

27/03/2023 19h28Atualizada em 27/03/2023 20h11

A professora Cinthia Barbosa, que imobilizou o aluno adolescente de 13 anos que atacou uma escola em São Paulo, disse que a ação foi por "instinto".

O que aconteceu:

  • Cinthia disse à TV Bandeirantes que não teve raiva do menor de idade ao imobilizá-lo e quis apenas impedir que ele prosseguisse com o ataque.
  • A docente de Educação Física complementou afirmando que os outros sentimentos "vêm depois"; senão, ela daria o mata-leão e não soltaria mais o menor; ela pediu "mais amor" para as pessoas.
  • A professora disse que ainda estava com a mesma roupa (calça preta e camiseta branca) em que foi flagrada imobilizando o menor.
  • A mulher filmada ajudando a tirar a faca da mão do adolescente é coordenadora de Cinthia e teve dificuldades de tirar a faca da mão do aluno.
  • Mesmo com o mata-leão, o aluno não desmaiou, explicou Cinthia, que manteve o pulso do menor pressionado para limitar a mobilidade da mão dele.
  • "Eu ouvi esse movimento estranho e corri contra o fluxo. Os alunos estavam fugindo e eu fui em direção ao que estava acontecendo mesmo. Então, se a gente puder falar, foi o instinto de proteção de cuidado."

Honestamente, eu não vou saber explicar de onde veio a força ou o instinto com relação à luta. Hoje, vendo a minha colega na situação em que ela estava, eu simplesmente agi, tentei imobilizar o adolescente, sem causar maiores ferimentos, no fim, mais do que estava acontecendo com a professora ali, mas eu creio que foi um instinto de proteção em ver uma colega de trabalho que está sempre ali, trabalhando com a gente, naquela situação."
Professora em entrevista à TV Bandeirantes

A professora imobilizou o adolescente que fez o ataque em uma escola em São Paulo - Reprodução/TV Bandeirantes - Reprodução/TV Bandeirantes
A professora imobilizou o adolescente que fez o ataque em uma escola em São Paulo
Imagem: Reprodução/TV Bandeirantes

'Se ele pudesse, continuaria fazendo', diz professora

  • Cinthia comentou que, pelo olhar do adolescente, se ele "pudesse [continuar atacando], ele continuaria fazendo".
  • A professora afirmou que ainda não sabia que o menor havia esfaqueado pessoas quando o imobilizou.
  • "São frações de segundo. Você nunca pensa no pior de fato. Quando eu imobilizo e a coordenadora retira a faca, eu não tinha noção do que tinha acontecido e do que eu tinha feito."
  • A docente ainda explicou que a professora Elisabeth Tenreiro, 71, que morreu no ataque, "era uma professora maravilhosa" e gostava muito dos alunos.

Não deu para perceber (se ele queria matar mais), justamente por essa emoção, depois chegou o efetivo policial. Eu acredito que sim, que logo que ela tira a faca, ele está caído no chão, a impressão que eu tenho, por aquele olhar, se ele pudesse, ele continuaria fazendo."