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Polícia Civil vai investigar denúncias de assédio contra dentista de SP

Larissa Bressan é proprietária da Hiss Clinical e acusada de assédio por ex-funcionários - Reprodução
Larissa Bressan é proprietária da Hiss Clinical e acusada de assédio por ex-funcionários Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

28/03/2023 11h07Atualizada em 28/03/2023 11h07

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as denúncias de assédio moral e sexual contra a proprietária de uma clínica odontológica de luxo de São Paulo, Larissa Bressan, 35.

O que será feito:

  • A corporação disse que a investigação foi aberta pelo 15º Distrito Policia (Itaim Bibi): "as diligências já estão em andamento", diz a nota.
  • A polícia não informou, porém, se as vítimas já foram identificadas, e quem deve ser ouvido. Ao menos 11 pessoas relataram situações de assédio moral e sexual contra a dentista ao Fantástico, da TV Globo.
  • Larissa Bressan é a proprietária da Hiss Clinical, que fica no Itaim Bibi.
  • O Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo) informou ontem que vai investigar a conduta da dentista Larissa Bressan.

O UOL tenta localizar a defesa da dentista. O espaço está aberto para manifestações.

O que aconteceu

  • As denúncias envolvem toques inapropriados, constrangimento sexual, gritos, tapas e ameaças, segundo ex-funcionários, que conversaram com reportagem da Globo.
  • Dois deles entraram com ação contra Larissa na Justiça trabalhista, e as primeiras audiências já foram marcadas, segundo a TV.
  • Ex-empregados da clínica afirmaram que a dentista os obrigava a tirar a roupa na frente de colegas, passava a mão pelo corpo deles, e até tirava a própria roupa no meio de todos.
  • Gritos e humilhações também faziam parte da rotina, segundo os relatos. Em reuniões, ela ameaçou os funcionários. Em um áudio obtido pelo Fantástico, é possível ouvir Larissa mandando um funcionário ir embora e trabalhar em um comércio popular: "Não quer tomar xingo, abre o consultório de vocês. [...] Você não é formado em nada. Abre uma casinha de camelô na 25 (de Março)".

Defesa diz que ela é vítima: "Campanha de discurso de ódio"

Ao Fantástico a defesa de Larissa afirmou, por meio de nota, "em 11 anos de consultório, nunca houve notícia a respeito dos fatos" narrados na reportagem nem "qualquer reclamação formal", que "em nenhum momento esses funcionários a procuraram para uma conversa". Além disso, alegou que "os ataques à honra da cirurgiã-dentista começaram após a demissão de um funcionário" e que agora ela é alvo de uma "campanha de discurso de ódio".