Brasileiras presas na Alemanha ficaram sem remédio e casacos, diz irmã
A irmã de uma das mulheres presas na Alemanha por tráfico de drogas —e que, segundo a Polícia Federal, são inocentes—, afirmou que ambas chegaram a passar frio por não terem acesso às suas roupas. E que uma delas, Kátyna, não foi autorizada a receber o medicamento para ansiedade na cadeia, em Frankfurt.
O que aconteceu
Debora Baía, irmã de Kátyna, fez o relato sobre a falta de remédio da irmã durante o programa Encontro, da TV Globo: "Não é um sofrimento somente da família. A Kátyna tem ansiedade, toma remédio para isso, e ela não teve acesso a sua medicação porque foi negado".
Elas também teriam passado frio ao serem detidas em Frankfurt, porque não conseguiram acesso às bagagens que levaram, contou a irmã. A prisão não fornece roupas de frio. As mulheres estão em celas separadas e não têm contato uma com a outra, relatou Débora.
A família tinha esperança que elas fossem soltas nessa semana, mas há "burocracia" por parte da justiça alemã, disse Debora. "Todo mundo está abalado. A gente estava com esperança de que essa audiência de custódia fosse dar resultado positivo, mas essa burocracia e exigência da Justiça alemã de que o inquérito e as filmagens fossem mandadas via Itaramaty fez com que elas ficassem lá", disse.
A irmã de Katyna disse acreditar que as duas foram estigmatizadas por serem brasileiras, bonitas e terem como destino a Europa. "Aqui no Brasil, a prisão é a exceção. Se fosse o caminho inverso, elas já estariam em outras condições."
Prisão já dura 33 dias
O casal embarcou dia 4 de março no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, com destino final em Berlim, capital alemã. Elas iam passar 20 dias na Europa, parando em diferentes países.
Em uma escala no aeroporto de Guarulhos, as etiquetas de identificação das bagagens foram trocadas e colocadas em duas malas com 20 quilos de cocaína cada, apontam as investigações.
As brasileiras foram presas por tráfico internacional de drogas em Frankfurt.
A PF acredita que ambas são inocentes e afirma que elas foram vítimas de um esquema operado por terceirizados no aeroporto de Guarulhos. Seis pessoas foram presas na última semana.
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