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SP: Governo muda nome de estação Vila Sônia em homenagem à professora morta

Alunos e pais penduram homenagem à professora Elisabeth Tenreiro, morta em ataque na escola Thomázia Montoro, em São Paulo - Felipe Perreira/UOL
Alunos e pais penduram homenagem à professora Elisabeth Tenreiro, morta em ataque na escola Thomázia Montoro, em São Paulo Imagem: Felipe Perreira/UOL

Do UOL, em São Paulo

15/04/2023 10h55

O governo de São Paulo decidiu alterar o nome da estação Vila Sônia, na Linha 4-Amarela, para Estação Vila Sônia - Professora Elisabeth Tenreiro. A educadora foi morta no ataque à escola estadual Thomazia Montoro, em São Paulo.

O que aconteceu

A decisão pela mudança ocorreu por meio de um decreto publicado no Diário Oficial deste sábado (15). O decreto entra em vigor a partir da data de publicação.

A Via Quatro informou que a identificação visual na estação será implementada nos próximos dias. A concessionária, responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela, informou que cumprirá a determinação.

A estação Vila Sônia está localizada próxima à escola Thomazia Montoro. Na instituição de ensino, um aluno matou a professora e feriu outras quatro pessoas no dia 27 de março.

Muito pesar e tristeza com a notícia da morte da professora Elisabeth Tenreiro, que não resistiu aos ferimentos causados pelo horror do ataque desta manhã. E meu muito obrigado à professora Cintía, que em uma ação heróica impediu que essa situação terrível fosse ainda mais grave."
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo

Quem era Elisabeth Tenreiro

Elisabeth dava aula de biologia para turmas do ensino fundamental e médio. Ela era conhecida pelos alunos e colegas como Beth.

Beth mudou de escola neste ano. Antes, dava aulas na Escola Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, em Pinheiros, na zona oeste.

A professora trabalhou na área de planejamento e desenvolvimento do Instituto Adolfo Lutz. Ela permaneceu no instituto por "quatro décadas", segundo o governo estadual.

Passou a dar aulas na rede estadual em 2013, depois que se aposentou do trabalho no instituto. Tinha três filhos e quatro netos. Nas redes sociais da professora, há fotos com sua família e também com dicas de conteúdo pedagógico.

Se posicionou em defesa da vacinação contra a covid-19. Nos últimos anos, compartilhou publicações nas redes sociais defendendo a ciência.

A professora foi a primeira vítima atacada pelo estudante no dia 27 de março. Chegou a ser socorrida, mas teve uma parada cardíaca e morreu.

Além dela, outras três educadoras e dois alunos ficaram feridos e foram encaminhados a hospitais, sem risco de morte. As professoras são Rita de Cássia Reis, Ana Célia Rosa e Jane Gasperini.

O ataque foi registrado por câmeras de segurança da sala de aula. Nas imagens, é possível ver o momento em que a professora é esfaqueada nas costas e na cabeça pelo adolescente, que foi apreendido.