Preso pela PF coordenava troca de etiquetas de malas em aeroporto de SP
O homem de 39 anos preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira (17) é suspeito de coordenar a troca de etiquetas de bagagens para tráfico de drogas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A prisão se refere ao caso das brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, detidas na Alemanha em março.
O que aconteceu
O suspeito trabalhava como auxiliar de rampa — local por onde passam as bagagens despachadas. Segundo o delegado Rodrigo Teixeira, ele não havia sido afastado das atividades após o esquema de troca de etiquetas e malas para tráfico de drogas vir à tona.
Além deste preso, a PF ainda busca um segundo suspeito. Caso sejam condenados, eles devem responder por associação criminosa e tráfico internacional de drogas.
A PF ainda investiga a participação de organizações criminosas no esquema de troca de etiquetas de bagagens. "Caminha-se para a participação de facções criminosas", afirmou Teixeira.
Os mandados de busca e apreensão e de prisão temporária se referem a terceirizados que trabalhavam no aeroporto. A eventual coação dos funcionários também está sendo investigada pela polícia.
As mulheres que aparecem nas imagens de câmeras de segurança do aeroporto transportando as bagagens com drogas não foram identificadas até o momento. "Com as novas fases de operação, talvez seja possível identificar todo mundo", disse.
Um deles atuava junto àquele pessoal que foi preso na primeira fase, coordenando a troca de etiquetas das bagagens das pessoas que viajavam para o exterior. Essas pessoas ainda não tinham sido afastadas e agora, possivelmente, não vão trabalhar numa área tão sensível do aeroporto.
Rodrigo Teixeira, delegado regional de Polícia Judiciária da PF em Goiás
Combate ao tráfico internacional de drogas
Agentes da PF de Goiás estiveram hoje (17) em São Paulo para executar a segunda fase da Operação Iraúna. O objetivo é combater o tráfico internacional de drogas que ocorria por meio do envio de bagagens com drogas ao exterior — a partir da troca de etiquetas.
Foram oito medidas judiciais — seis mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária. Os agentes estiveram nos endereços autorizados e apreenderam documentos, equipamentos eletrônicos e celulares.
A ação é um desdobramento da Operação Iraúna, deflagrada no dia 4 de abril. Na ocasião, foram cumpridos seis mandados de prisão de funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Relembre o caso
As goianas Jeanne Paolini e Kátyna Baía foram presas no Aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, no início de março. Elas tiveram as bagagens trocadas por malas com cocaína.
Ambas permaneceram detidas pelas autoridades alemãs durante um mês. Jeanne e Kátyna deixaram o Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO), e fizeram uma escala no Aeroporto Internacional de Guarulhos — onde tiveram as etiquetas das malas trocadas.
A troca foi realizada por membros de um grupo criminoso. Após a apresentação de documentos para comprovar a inocência das passageiras por parte da Polícia Federal e do Ministério da Justiça e Segurança Pública, as autoridades alemãs decidiram liberá-las.
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