Homem que desarmou e atirou em PMs tentou suborná-los, diz comandante

O coronel Cássio Araújo de Freitas, comandante da PM de São Paulo, disse que o homem que desarmou e atirou em dois policiais militares ontem na zona leste da capital paulista tentou suborná-los. Condenado por tráfico, o atirador estava foragido quando foi abordado.

O que disse o comandante da PM

O criminoso preso declarou que reagiu, mas antes tentou subornar os policiais. E um deles disse: 'aqui não tem acerto', o que torna esses militares duplamente heróis
Cássio Araújo de Freitas, comandante da PM

O comandante da PM falou sobre o estado de saúde dos dois policiais militares feridos. " [Os PMs] Foram socorridos e estão fora de risco. Em breve, estarão em suas casas. E a sociedade local, protegida", disse hoje de manhã no palco da Academia do Barro Branco, em uma formatura de oficiais da PM acompanhada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Atingido no rosto, o PM Cleison Santos de Matos, 31, está em coma induzido — seu estado é estável, segundo o UOL apurou. Com fraturas no maxilar e na mandíbula, ele está internado no Hospital das Clínicas e vai passar por cirurgia.

O PM Robert Castro de Abreu, 36, sofreu fratura em uma das pernas e tem um projétil alojado no fêmur. Em estado estável, ele foi atingido por tiros nas duas pernas e no abdômen.

O que se sabe sobre o caso

Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que o suspeito entra em luta corporal com dois policiais militares, desarma um deles e usa a arma da corporação para feri-los na zona leste paulistana. Depois, ele foge, levando a arma. O outro suspeito, que não se envolveu na luta, foge correndo.

O atirador foi preso cinco horas depois do crime na mesma região após ter sido identificado no vídeo pela própria mãe. A arma do policial foi encontrada com outro suspeito, que também foi preso. O adolescente que estava com o atirador no momento da abordagem foi apreendido.

Ele foi identificado como Dario Gabriel Costa Viveiros, 25. Preso em 2019 e condenado por tráfico, ele passou a ser considerado foragido da Justiça em março deste ano após não retornar de uma saída temporária.

Dario negou envolvimento com o tráfico no processo em que foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão. Disse que estava passando pelo local de venda de drogas quando foi abordado pelos PMs. Na adolescência, ele já havia sido apreendido por suspeita de envolvimento com o tráfico. O UOL não conseguiu localizar a defesa dele.