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Água-viva perigosa de 50 cm é vista em SC: 'Peguei na mão', diz pescador

Água-viva é vista em Santa Catarina - Reprodução
Água-viva é vista em Santa Catarina Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

11/06/2023 14h44

Uma água-viva do tipo cubomedusa, de cerca de 50 centímetros, foi filmada em Santa Catarina pelo pescador João André Baltazar, na quarta-feira (7). Ele diz que a soltou de uma rede de pesca e a liberou no mar. Em contato com a pele humana, essa espécie de água-viva pode causar dores intensas no corpo, além de náuseas.

O que aconteceu

O pescador João André Baltazar saiu para pescar com seu irmão e viu que uma água-viva se prendeu na rede.

Tocou na parte transparente da água-viva, sem luvas, e não se queimou. "Aprendi que onde não tem cor, não tem dor", conta.

Depois, Baltazar avistou a água-viva no mar e filmou o momento. No vídeo, é possível ver que ela é acompanhada por diversos peixinhos. A água-viva tinha cerca de 50 centímetros de comprimento, entre a cabeça e os tentáculos.

Essa não é a primeira vez que ele encontra uma água-viva quando sai para pescar, e diz que já se queimou. Mas foi a primeira vez que se deparou com uma desse tipo.

Peguei na parte transparente e soltei de volta na água. Tem que tomar cuidado, porque pode dar uma queimadura séria. Depois ela passou por nós com aquela montoeira de peixinhos junto, é bem bonito.
João André Baltazar

Que água-viva é essa

A água-viva filmada é comum no litoral sul e sudeste do Brasil, segundo André Morandini, professor de zoologia e diretor do Centro de Biologia Marinha da USP. Trata-se de uma cubomedusa Tamoya haplonema, cuja cabeça pode chegar a 20 centímetros de comprimento.

Essa espécie pode ser perigosa e causar dores intensas no corpo e náuseas, além de dor local e vermelhidão na área de contato, diz Morandini.

Algumas espécies de água-viva podem ter menos células que queimam na parte transparente do corpo, onde Baltazar tocou o animal, diz Morandini. Porém, em outras espécies, podem existir muitas células e causar algum acidente, explica o professor. A orientação, portanto, é não arriscar.

Os peixes em volta da água-viva são comuns. Eles ficam por ali para aproveitar algum resto de alimento e também para sua proteção, diz o professor. Mas eles também podem se queimar se tocarem nos tentáculos da água-viva.

É preciso bastante cuidado se alguém encontrar estes animais. Evitando manuseá-los para não se machucar.
André Morandini, professor de zoologia e diretor do Centro de Biologia Marinha da USP