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Porto Alegre tem ao menos 12 mil pessoas sem energia elétrica após ciclone

Centro de Santo Antônio da Patrulha, no nordeste do Rio Grande do Sul, foi afetado por causa do ciclone extratropical - Reprodução
Centro de Santo Antônio da Patrulha, no nordeste do Rio Grande do Sul, foi afetado por causa do ciclone extratropical Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

18/06/2023 11h51

Ao menos 12 mil pessoas estão sem energia elétrica em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, após a passagem de um ciclone extratropical. A informação foi confirmada pela Defesa Civil no município e pelo prefeito, Sebastião Melo (MDB). No terceiro dia de buscas, há quatro desaparecidos e 13 mortos.

O que aconteceu

As equipes da Defesa Civil em Porto Alegre informaram que existem cerca de 12 mil pessoas sem energia elétrica na cidade. "Continuamos em atendimento com equipes na rua. A demanda maior é por energia elétrica, tem uma série de comunidades desabastecidas", informou o coronel Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, porta-voz do órgão no município.

A concessionária CEEE Grupo Equatorial informou que trabalha para reestabelecer o fornecimento de energia nas regiões afetadas pelo ciclone.

O coronel da Defesa Civil em Porto Alegre disse que as equipes estão nas ruas durante toda a manhã deste domingo (19). "Tivemos um avanço fantástico. Acreditamos que a cidade vai iniciar a semana dentro da normalidade."

Os bairros mais afetados de Porto Alegre pela falta de energia elétrica estão nas regiões leste e sul da cidade. "No Belém Velho, há uma comunidade bem afetada. O bairro Lomba do Pinheiro também estava sem luz, mas a concessionária chegou para a manutenção."

Mortos e desaparecidos

As buscas por desaparecidos entraram no terceiro dia. Segundo a Defesa Civil, há quatro pessoas desaparecidas. Até o momento, são 13 mortes:

  • Maquiné: 3 mortes
  • São Leopoldo: 2 mortes
  • Novo Hamburgo: 1 morte
  • Caraá: 3 mortes
  • Gravataí: 1 morte
  • Bom Princípio: 1 morte
  • São Sebastião do Caí: 1 morte
  • Esteio: 1 morte

Há também 3.713 pessoas desabrigadas e 697 desalojadas. A Defesa Civil recomendou aos moradores de cidades atingidas que verifiquem as condições estruturais e de segurança. O órgão informou ainda que, ao retornar para casa, os moradores devem higienizar o local e todos os materiais que tiveram contato com a água.

Apesar dos termos serem similares, há diferença entre desabrigados e desalojados: quem está desabrigado teve a residência afetada por algum dano ou ameaça e precisa que o governo lhe dê um abrigo, enquanto quem está desalojado só precisou abandonar temporariamente sua casa após alguma evacuação preventiva, sem necessidade de abrigo.

Autoridades sobrevoam região e anunciam medidas

O governador Eduardo Leite (PSDB) e ministros do governo Lula se reuniram na manhã de sábado e sobrevoaram as regiões mais afetadas pelo ciclone. Lula conversou com Eduardo Leite e disse que governo está "à disposição".

"É um pesadelo o que estamos vivendo", afirmou o prefeito de Caraá, Magdiel Silva (PSDB). "A gente vai precisar muito da ajuda do governo federal e do estado, sabemos que a comunidade vai nos ajudar a construir novamente", afirmou.

Leite disse que entre as medidas de resgate, estão o apoio aéreo, mobilização de trilheiros para acessar comunidades isoladas e retirada de famílias de locais de risco. Ele disse ainda que alertas foram emitidos e pediu que a população se cadastre no sistema do governo do estado para receber avisos da Defesa Civil. Uma das formas é enviar o CEP como mensagem de texto para o número 40199.

Ele também anunciou que irá a Brasília nesta semana para buscar apoio aos municípios atingidos. "Na segunda-feira, reunirei o nosso time de secretários para alinhamento das ações do governo daqui por diante. Irei a Brasília nesta semana para intensificar as articulações por apoio aos municípios junto ao governo federal."