Justiça manda soltar jovem presa durante entrevista de emprego no Rio
A Justiça do Rio determinou a soltura da jovem que, segundo a família, acabou presa enquanto passava por uma entrevista de emprego. Outras 13 pessoas também foram soltas.
O que aconteceu:
Lívia Ramos de Souza, de 19 anos, foi presa em operação policial contra golpe de consórcio de veículos no centro do Rio. Segundo a família, ela foi até o local para se candidatar a uma vaga. No dia, 18 pessoas foram presas.
Ao todo, 14 pessoas tiveram a prisão preventiva convertida em medidas cautelares, como comparecimento periódico em juízo, proibição de contato com outros investigados, além de proibição de se ausentar da Comarca.
A Justiça também determinou que os envolvidos não trabalhem para empresas que ofereçam os mesmos serviços sobre a qual teve início a investigação. A decisão é do desembargador José Muiños Piñeiro Filho, da 6ª Câmara Criminal.
Verificando que a decisão impugnada, embora fundamentada, se alicerçou em contextos, em tese, genéricos, a exemplo dos riscos para instrução criminal sem prova efetiva disso; risco para a ordem econômica e social, não encontram base sólida para afrontar o direito de liberdade"
Decisão da Justiça do Rio
Na internet, a Icon Investimentos se autodenomina uma empresa especializada em consórcio mas, segundo a Polícia Civil, eles praticavam golpes com anúncios de carros, motos e caminhões inexistentes. A corporação explicou que as prisões ocorreram após investigação motivada por registros de diversas vítimas.
Advogada da empresa, Tânia Faial, afirmou que a Icon Investimentos é idônea, que todos são inocentes, e que "tudo será provado".
O que aconteceu, segundo a família de Lívia:
Cristiane Pinto Ramos, mãe de Livia, disse que a jovem estava desempregada e em busca de uma nova oportunidade de trabalho. Assim que viu a vaga de emprego na internet, decidiu no mesmo dia ir até o local para se inscrever e pegar mais informações.
Segundo a Cristiane, ela chegou às 10h, se candidatou e, no mesmo momento, a empresa pediu para que ela fizesse um treinamento no computador. A vaga seria para vender consórcios com direito à comissão em cima das vendas. "Minha filha tinha acabado de sair de um contrato de um ano como jovem aprendiz. Ela sempre teve o sonho de conseguir trabalho de carteira assinada. Não tem nada que desabone a conduta dela", disse Cristiane.
Por volta das 14h, os agentes chegaram à sede da empresa e realizaram prisão em flagrante dos 18 jovens que trabalhavam naquele momento. De acordo com Cristiane, familiares dos outros presos disseram a ela que os jovens trabalhavam havia poucos dias no local e que são inocentes também.
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