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Censo 2022: cinco descobertas do novo levantamento do IBGE

Salvador deixou de ser a terceira cidade mais populosa do país, segundo o IBGE - Manu Dias/AGECM
Salvador deixou de ser a terceira cidade mais populosa do país, segundo o IBGE Imagem: Manu Dias/AGECM

Colaboração para o UOL

02/07/2023 04h00

Os primeiros resultados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quarta-feira (28), apontaram que o Brasil tem 203,1 milhões de habitantes. Veja cinco pontos de destaque da pesquisa:

1. População é menor que a projetada

Em 2021, o próprio IBGE elaborou uma estimativa indicando que o país teria 213,3 milhões de habitantes. O número traz 10 milhões de pessoas a mais do que o apresentado pelo Instituto no novo Censo.

O IBGE afirma que a projeção de 2021 foi prejudicada porque não houve a realização de uma contagem no meio da década. O levantamento seria feito em 2015, mas acabou cancelado por falta de verba. Com isso, a projeção foi feita com base no Censo de 2010, o que pode ter ajudado a superestimar o número.

Além disso, a população pode ter sido afetada pela pandemia de covid-19, tanto por causa das mortes quanto pela decisão de casais em adiar o nascimento dos filhos.

O presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, garantiu que o número está correto. "A gente tem total certeza de que a população é essa que está colocada, de 203,1 milhões de habitantes", afirmou a jornalistas. Azeredo disse, ainda, que a diferença reforça a necessidade da realização de contagens no meio da década.

2. Ritmo de crescimento diminuiu

O IBGE também identificou crescimento menor da população do que o registrado no Censo de 2010.

Segundo os dados do ano passado, o crescimento anual da população foi de 0,52% entre 2011 e 2022. No Censo anterior, a taxa de crescimento anual da população era de 1,17%.

Em números absolutos, isso significa que, entre o Censo de 2010 e o de 2022, o Brasil ganhou quase 12,3 milhões de habitantes. Já entre 2000 e 2010 o aumento foi de 21,2 milhões.

3. Famílias também estão menores

Os dados divulgados até agora mostram, ainda, que o número de domicílios cresceu 34% em relação ao último Censo (de 67,5 milhões para 90,6 milhões).

A média de moradores por casa, porém, caiu no Brasil. Em 2010, eram 3,31 moradores por domicílio. Em 2022, o número foi para 2,79.

O estado que possui a maior média de moradores por domicílios é o Amazonas (3,64 habitantes por casa). Já o Rio Grande do Sul tem a menor média, de 2,54.

4. Salvador caiu duas posições em ranking

O ranking das cidades mais populosas do país mudou no Censo de 2022. De acordo com os dados, a cidade de Salvador (BA) foi ultrapassada por Brasília (DF) e por Fortaleza (CE), caindo da terceira para a quinta colocação. Veja o ranking completo:

  1. São Paulo (SP): 11.451.245
  2. Rio de Janeiro (RJ): 6.211.423
  3. Brasília (DF): 2.817.068
  4. Fortaleza (CE): 2.428.678
  5. Salvador (BA): 2.418.005
  6. Belo Horizonte (MG): 2.315.560
  7. Manaus (AM): 2.063.547
  8. Curitiba (PR): 1.773.733
  9. Recife (PE): 1.488.920
  10. Goiânia (GO): 1.437.237

5. Paraná ultrapassou o Rio Grande do Sul

O estado com o maior número de habitantes do país segue sendo São Paulo, com 44,4 milhões de pessoas. O menos populoso é Roraima, com 636 mil habitantes.

Em relação a 2010, houve uma troca no grupo dos cinco estados mais populosos do país. O Rio Grande do Sul, que antes ocupava a quinta colocação, foi ultrapassado pelo Paraná. Veja o ranking:

  1. São Paulo: 44,42 milhões de habitantes
  2. Minas Gerais: 20,54 milhões de habitantes
  3. Rio de Janeiro: 16,05 milhões de habitantes
  4. Bahia: 14,14 milhões de habitantes
  5. Paraná: 11,44 milhões de habitantes

Os dados do Censo também demonstram que, juntos, os cinco estados mais populosos do país concentram 52,5% da população brasileira.