Promotor do Paraná é suspeito de agredir e importunar sexualmente ex-esposa
O promotor Bruno Vagaes, do MP-PR (Ministério Público do Paraná), é suspeito de agredir e importunar sexualmente sua ex-esposa, a servidora pública Fernanda Barbieri, de acordo com reportagem exibida neste domingo (2) pelo Domingo Espetacular, da TV Record.
O que aconteceu
As agressões começaram em 2017, após o nascimento da filha do casal, segundo relatou Fernanda. Além de desferir socos, Vagaes jogou água quente em Fernanda, entre outras violências.
O promotor foi condenado por tocar partes íntimas de Fernanda em 2019. O episódio aconteceu quando ela dirigia e rendeu condenação de três anos e seis meses de reclusão por importunação sexual. A filha do casal estava no carro e tinha dois anos à época.
Após o episódio, ela pediu medida protetiva contra Vagaes —o que não interrompeu as agressões. Por mensagem, o promotor chegou a dizer que processo de separação de Fernanda seria realizado na "modalidade sangria" e envolveria sofrimento dela.
O que mais se sabe
Vagaes sofre de alcoolismo e transtorno bipolar, de acordo com laudos judiciais. Ele já atuou como promotor em casos de violência doméstica e atualmente se encontra lotado na Promotoria de Justiça de Ibiporã (PR).
Apesar das denúncias, ele não foi afastado de suas funções. Uma reunião marcada para esta segunda-feira (3) pelo Conselho Nacional do Ministério Público deve discutir a situação de Vagaes.
O que dizem os envolvidos
Procurada pela reportagem da Record, a defesa de Bruno informou que o promotor não tem contato com Fernanda há mais de três anos.
A integralidade das notícias dirigidas por Fernanda Barbieri ao MPPR, revelando práticas de violência doméstica e familiar contra a mulher, com aplicação da Lei Maria da Penha, por parte do promotor de Justiça Bruno Vagaes, contou --e ainda conta-- com as providências cabíveis à Instituição Paranaense, seja pela Corregedoria-Geral, seja pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, seja pelo Conselho Superior do Ministério Público.
MP-PR, em nota sobre o caso
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