Massa de até 82 kg: 5 tumores gigantes que desafiaram médicos

Um idoso de 65 anos entrou na Justiça para retirar um tumor gigante que ocupa quase metade de seu rosto. Após quase cinco meses de luta, com o estado do Rio Grande do Norte alegando que não tinha um material necessário para a cirurgia, José Cardozo deve passar pelo procedimento no próximo final de semana.

Casos como o do marceneiro não são inéditos no Brasil. Em 2022, um tumor de 46 quilos foi retirado de uma paciente em um hospital de Itaperuna (RJ). Ao todo, 14 pessoas foram mobilizadas para a retirada da massa da paciente, que tinha 1,52 metro de altura e pesava 150 kg. A operação levou duas horas.

Confira mais exemplos de remoção de tumores que impressionaram até a comunidade médica.

5. Falsa gravidez

Em 2020, após apresentar dores e um volume avantajado na barriga, uma secretária administrativa de 25 anos procurou atendimento médico no município de Cruzeiro do Sul, a 590 quilômetros de Rio Branco (AC) com suspeita de gravidez.

Ao chegar no Hospital Regional de Juruá, porém, ela foi informada de que o "bebê" era, na verdade, um tumor de 20 quilos.

Tumor de 20 kg foi retirado de paciente no Acre
Tumor de 20 kg foi retirado de paciente no Acre Imagem: Hospital Regional de Juruá / Divulgação

Segundo a equipe médica, o desenvolvimento da massa foi rápido e o tumor cresceu em apenas 3 meses. O material biológico foi enviado para análise, que constatou que a massa era benigna. Apesar disso, a cirurgia foi considerada "delicada", já que o tumor se espalhou para apêndice, intestino, bexiga e útero.

4. Cisto gigante

Médico Marino Oliveira registrou cisto gigante retirado de paciente no RJ
Médico Marino Oliveira registrou cisto gigante retirado de paciente no RJ Imagem: Marino Oliveira/Acervo Pessoal
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Em 2022, uma equipe médica do hospital Armando Vidal, no município de São Fidélis (RJ), retirou um cisto gigante, de cerca de oito quilos, de uma paciente de 65 anos. A mulher chegou até a unidade de saúde apresentando dores abdominais e teve a massa benigna constatada após uma tomografia.

Os médicos passaram duas semanas se preparando para a operação, que durou pouco mais de uma hora, tempo padrão para cirurgias do tipo. A paciente foi liberada sem qualquer sequela.

3. Intervenção pioneira

Com diagnóstico de neurofibromatose tipo 1, uma doença genética rara que se manifesta em tumores de alta vascularização, a curitibana Karina Rondini foi submetida a uma cirurgia para a retirada de 30 quilos de tumores. O caso ocorreu em 2021.

Com a ajuda de sua mãe, Karina mostra as pernas após cirurgia
Com a ajuda de sua mãe, Karina mostra as pernas após cirurgia Imagem: Theo Marques/UOL

A jovem de 32 anos entrou em contato com o cirurgião plástico norte-americano McKay McKinnon, referência em cirurgias do tipo, e investiu R$ 200 mil para que o médico viesse até o Brasil e realizasse a cirurgia inédita no país, que durou 11 horas.

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2. Sistema próprio

Também com neurofibromatose, um vietnamita de 31 anos passou por uma cirurgia de 12 horas para retirada de um tumor de 82 quilos que dominava sua perna direita. Nguyen Duy Ha foi internado no FV Hospital, na cidade de Ho Chi Minh, e levou 10 dias para se recuperar.

Vietnamita de 31 anos passou por cirurgia de 12 horas para retirada de tumor, mas morreu um ano depois
Vietnamita de 31 anos passou por cirurgia de 12 horas para retirada de tumor, mas morreu um ano depois Imagem: vietnamnet/Reprodução

Apesar do sucesso da cirurgia, pouco mais de um ano depois o vietnamita sofreu uma embolia pulmonar e morreu. Na época, os médicos não informaram se a causa da morte tinha qualquer ligação com a doença genética.

1. Bola de futebol na cabeça

Nos Estados Unidos, uma imigrante colombiana de 89 anos precisou passar por uma cirurgia de duas horas para retirada de um tumor do tamanho de uma bola de futebol na cabeça.

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Tumor na cabeça da colombiana Lorenza De La Villa cresceu por 25 anos e ficou do tamanho de bola de futebol
Tumor na cabeça da colombiana Lorenza De La Villa cresceu por 25 anos e ficou do tamanho de bola de futebol Imagem: Acervo familiar

Lorenza De La Villa recebeu o diagnóstico aos 64 anos, quando a massa ainda era pequena e benigna. Os médicos sugeriram que ela não passasse pela cirurgia, assim como aconteceu com José no Rio Grande do Norte, mas vinte e cinco anos depois a massa passou a prejudicar seu dia a dia.

Ela foi internada no Lenox Hill Hospital, onde passou por uma cirurgia de duas horas que incluiu a implantação de uma placa de titânio para reparar danos no crânio "comidos" pela massa.

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