Vida no Carandiru: museu viraliza com solitária angustiante e pinga ilegal

A experiência de visitantes no Museu Penitenciário Paulista, que fica no antigo Carandiru, em São Paulo, viralizou nas redes sociais.

No vídeo publicado por Gabi Lima, professora e influencer, aparece uma réplica das solitárias usadas para punir os detentos no Carandiru. "Eu sou bem pequena. Eu abro as minhas mãos e consigo tocar as duas na parede", descreve Gabi, no vídeo.

Ao UOL, a professora contou que teve uma sensação de "agonia muito grande" ao entrar no espaço. "Tem uma saída [de ar] só, no teto. A sensação foi um pouco claustrofóbica, de uma angústia enorme. Me causou muita falta de ar, foi bem impactante", disse.

@gabihistoria Experiência dentro de uma verdadeira cela solitária do carandiru. Você também pode ver indo até o museu penitenciario paulista. #historia #curiosidades #saopaulo ? Backsound Horor 2 - N.I.A

O que os visitantes encontram no museu

O museu, que pertence à Secretaria de Administração Penitenciária do estado de São Paulo, foi aberto para visitação pela primeira vez em 2014.

No espaço, além de três réplicas de celas de castigo extintas, os visitantes podem encontrar outros elementos que reproduzem a vida dentro da prisão. Há, por exemplo, utensílios como facas, espadas e simulacros de armas de fogo, que eram usados ilegalmente pelos presos no Carandiru.

O museu também mostra a fabricação artesanal da cachaça conhecida entre os detentos como "Maria Louca". Restos de comida e uma resistência elétrica improvisada eram utilizados para a fermentação e destilação da bebida.

Pinga fabricada clandestinamente por detentos, que é conhecida no sistema carcerário como "Maria Louca"
Pinga fabricada clandestinamente por detentos, que é conhecida no sistema carcerário como "Maria Louca" Imagem: Divulgação/SSP
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O Carandiru foi desativado em 2002, quando dois pavilhões do complexo foram implodidos. Em 2005, mais três pavilhões foram demolidos. No local, foi construído o Parque da Juventude.

Em 1992, o Carandiru foi palco da maior chacina ocorrida em uma prisão brasileira. Conhecido como massacre do Carandiru, o episódio provocou a morte de 111 detentos.

Como visitar

O Museu Penitenciário Paulista tem entrada gratuita. O espaço funciona de segunda a sexta, das 9h às 16h, no seguinte endereço: Av. Zaki Narchi, 1207 - Carandiru, São Paulo.

Mais informações estão no site do museu.

Vídeos despertam curiosidade de seguidores

Além do vídeo no Museu Penitenciário Paulista, Gabi Lima já fez outros posts em que mostra experiências em locais históricos e culturais. Segundo ela, as penitenciárias despertam curiosidade entre os seguidores.

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Ninguém de fato vai até uma penitenciária para ver como é. A solitária gera muita curiosidade, as pessoas querem entender como os presos conseguem viver lá dentro."

Em outros vídeos, a influencer já mostrou a penitenciária de Eastern State, na Filadélfia, uma das mais famosas dos EUA.

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