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Ataque a facadas no PR: sobrevivente relata que acordou com homem sobre ela

Júlia Beatriz Garbossi Silva, 23 anos, foi morta a facadas na manhã de domingo (3) Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)

05/09/2023 14h16Atualizada em 05/09/2023 17h45

A sobrevivente do ataque a facadas que terminou com dois mortos — um deles o namorado da jovem — trabalhava com o homem preso em flagrante pelo crime, em Londrina. Segundo a Polícia Civil, ela tentou romper relações no ambiente profissional após investidas do suspeito.

A jovem, que não teve o nome divulgado, disse que acordou com o colega de trabalho sobre ela e que chegou a achar que estava enfrentando um quadro de paralisia do sono.

"Ela relatou que conheceu o autor no passado porque eram amigos e trabalhavam no mesmo local. Porém, ela percebeu que de um tempo para cá ele passou a apresentar interesse em um relacionamento amoroso, só que ela deixou claro que não tinha esse interesse", disse o delegado João Reis, em entrevista coletiva.

A estudante Júlia Beatriz Garbossi Silva, de 23 anos, e Daniel Takashi, de 22 anos, namorado da sobrevivente, foram mortos com golpes de faca e canivete na manhã de domingo, no bairro Jardim Jamaica.

O suspeito, Aaron Delece Dantas, de 23 anos, foi preso em flagrante. O UOL tenta contato com a defesa dele por telefone, mas ainda não obteve resposta.

O que se sabe

O delegado João Reis afirmou que a sobrevivente já prestou depoimento e relatou que Dantas invadiu a residência dela armado com uma faca e um canivete.

Ele teria ido até o quarto onde estavam Daniel e a namorada e os atacou. A garota, que é colega do suspeito, gritou por ajuda.

Ela acordou de madrugada já com o indivíduo em cima dela e ficou sem entender, achando que era uma questão de paralisia do sono, até que ela percebeu que estava sendo vítima de ferimentos por arma branca.
João Reis

Júlia teria acordado e ido até o quarto ao lado ver o que estava acontecendo e também foi atacada pelo homem. Daniel e Júlia morreram no local.

Aaron teria amarrado com uma corda as mãos da colega. Com ferimentos nos braços provocados pela faca, ela convenceu o rapaz a irem até um pronto-socorro.

"Ela disse para ele parar, porque estava sangrando e iria morrer. Ela conseguiu convencê-lo a irem até o hospital e sugeriu dizerem que haviam sofrido um assalto. Eles chamaram um carro de transporte por aplicativo, disseram ao motorista essa versão, mas quando ela chegou na UPA e ficou sozinha com os médicos, relatou a verdade", acrescenta o delegado.

A polícia foi chamada e o suspeito foi preso em flagrante. Com ele foi encontrada uma faca que teria sido usada no crime.

Em depoimento, Aaron ficou em silêncio. Ele teve a prisão convertida para preventiva.

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