R$ 70 mil a grupo de extermínio: o que se sabe da morte de empresária no CE
A Polícia Civil do Ceará investiga se a empresária Maria Ediane da Mota Oliveira, de 41 anos, mandou assassinar a advogada Rafaela Vasconcelos de Maria por interesse amoroso no marido da vítima.
Segundo as investigações, ela pagou R$ 70 mil para um grupo de extermínio cometer o crime. A defesa da empresária nega.
Confira o que se sabe sobre o caso:
O crime
Ataque a tiros. Em março deste ano, a advogada Rafaela Vasconcelos de Maria e a mãe dela, Maria Socorro de Vasconcelos, foram mortas em um ataque a tiros em "atividade típica de grupos de extermínio", segundo a polícia. O crime aconteceu na cidade de Morrinhos, no interior do Ceará.
Interesse no marido da vítima. O mandante do crime foi apontado pela polícia como sendo a empresária Maria Ediane da Mota Oliveira.
A motivação seria a intenção dela de "manter (ou continuar) um relacionamento amoroso" com um tenente-coronel da Polícia Militar do Ceará que era casado com Rafaela.
Negociações e envolvimento de policiais
Maria Ediane não é a única investigada. Além dela, cinco homens (sendo quatro policiais militares) também são réus na Justiça do Ceará pelos assassinatos de Rafaela e da mãe dela. Segundo o jornal O Povo, os outros acusados Elton Cavalcante Mano da Silva, Edilson Barbosa da Luz, Daniel Medeiros de Siqueira e Francisco Amaury da Silva Araújo.
Réus no processo. Ainda de acordo com a publicação de Fortaleza, a denúncia do MPCE (Ministério Público do Estado do Ceará) contra eles foi oferecida no dia 10 de outubro — e foi aceita no dia seguinte.
Meses de investigações. As investigações apontaram que os suspeitos do crime fizeram várias reuniões e viagens à cidade antes da execução. O jornal O Povo afirmou que as negociações aconteceram principalmente através do WhatsApp. Já segundo o Metrópoles, o grupo teria passado dois meses investigando a rotina da vítima.
Preparação para o crime. A polícia encontrou fotos e vídeos da advogada nos celulares dos suspeitos. Além de acompanhar o cotidiano das vítimas, eles também passaram por um carro e uma moto, pagos por Maria Ediane, para serem usados
Um mandante. Ainda de acordo com a polícia, Maria Ediane teria tido "grande dificuldade" para concluir o plano de mandar matar a advogada.
Marido da vítima participou? Por fim, a investigação ressaltou que não foi possível identificar a participação do marido da vítima no crime.
Acusações e prisões
Agora, Maria Ediane consta na lista dos mais procurados do estado. Entre as dúvidas, o órgão cita que a suspeita é "considerada perigosa". Ao UOL , a advogada Tatiana Mara Matos de Almeida, que defende Maria Ediane, disse que a cliente negou qualquer participação no crime. Não foi informado o paradeiro da empresária.
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Quero receberPrisões. Em setembro, a Polícia Civil prendeu um sargento e um homem que não faz parte da polícia por suspeita de envolvimento no crime. Ao todo, cinco pessoas foram presas. Maria Ediane segue procurada.
Envolvimento de policiais. Segundo a Controladoria Geral de Disciplina, órgão que investiga policiais suspeitos de envolvimento em crimes, o sargento e os outros homens envolvidos na ação, incluindo a indicação de executores. A controladoria apura o caso envolvendo os agentes no âmbito disciplinar da corporação.
O processo tramitava em segredo de justiça, mas o tribunal do estado mandou retirar o sigilo.
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