Filha de fisiculturista morto em incêndio tem alta após meses internada
Larissa Viana, mãe da menina Maya, de 6 anos, que ficou quase três meses internada após ter 70% do corpo queimado em um incêndio, anunciou que a filha teve alta nesta quinta-feira (19). O pai da criança, o fisiculturista Hugo Nascimento, morreu no incidente, ocorrido no dia 29 de julho, no Rio de Janeiro.
O que aconteceu:
"Você é sinônimo de fortaleza, minha filha", disse Larissa ao postar fotos e vídeos da criança deixando o hospital.
A mãe explicou que, após meses de internação, Maya estava indo para casa. "Vencemos. Obrigada a todos que sempre tiraram um tempinho para orar pela minha Maya. O dia que tanto esperamos", falou.
Nas imagens compartilhadas por Larissa, é possível ver cicatrizes provocadas pelas chamas no corpo da menina. Maya queimou o rosto, os braços, as mãos, as vias respiratórias e precisou fazer uma traqueostomia para suporte respiratório. Em setembro, a criança fez a troca do dispositivo e voltou a falar.
Larissa explicou que a filha foi avisada da morte do pai "no tempo certo". 'Ela já sabe que o pai dela foi um herói, que virou estrelinha. Ela é uma menina incrível, Deus é maravilhoso e minha filha é perfeita", contou.
O incêndio
O incêndio ocorreu na madrugada do dia 29 de julho. As chamas atingiram o apartamento onde a família morava, que fica no 10º andar de umas das torres do Condomínio Caminhos da Barra. O Corpo de Bombeiros do Quartel da Barra da Tijuca foi acionado por volta das 4h51.
O personal trainer e atleta de fisiculturismo Hugo Sérgio morreu no local. Segundo relatos, ele teria resgatado a filha e a mulher, e voltado para buscar o cachorro da família, mas não conseguiu sair do apartamento.
Amigos e vizinhos organizaram uma vaquinha virtual para a família e com o dinheiro arrecadado ela deu início a construção de uma casa nova.
Laudo apontou acidente
O laudo da perícia feita no apartamento apontou que a causa do incêndio foi um acidente termoelétrico.
O documento ainda diz que não foi identificado nenhum tipo de substância que pudesse acelerar a queima no local, segundo o Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
No laudo obtido pelo UOL, o perito afirma que é possível afirmar que a eclosão do foco do incêndio se originou através de uma instalação elétrica com cabeamento de extensão para múltiplas tomadas, ligadas na sala, próximo ao móvel que fica junto ao aparelho televisor.
"Não se identificou embalagem com líquidos aceleradores de queima no interior do imóvel. Não foi identificado vestígio de substância aceleradora de queima impregnada ou com odor no local. Não foram identificados sinais de desalinhamentos em mobília e objetos desordenados ou danificados que evidenciam emprego de ação violenta", diz trecho do documento.
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