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Polícia tenta prender Telmário Mota, suspeito de mandar matar mãe da filha

A Polícia Civil de Roraima fazem hoje uma operação para prender o ex-senador Telmário Mota (sem partido), suspeito de mandar matar Antônia Araújo de Sousa, mãe da filha dele, de 17 anos. A adolescente acusou o ex-parlamentar de tentativa de estupro no ano passado.

O que aconteceu

Polícia procura Telmário e outros envolvidos no crime. Os agentes estão na rua cumprindo três mandados de prisão e sete de busca e apreensão nos endereços dos investigados em Boa Vista, Caracaraí (140 km da capital roraimense) e Brasília. A operação tem o apoio da Polícia Militar, da Secretaria de Segurança Pública e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Antônia foi assassinada em setembro deste ano com um tiro na cabeça, em Boa Vista. Ela era mãe da filha do ex-senador, de 17 anos, e estaria brigando com ele na Justiça por pensão alimentícia, segundo informações da Globo News.

Adolescente acusou o pai de tentar estuprá-la no ano passado. Ela registrou um boletim de ocorrência, relatando que Telmário a buscou para passarem o Dia dos Pais juntos. Dentro do carro, ele teria tentado beijá-la e passar a mão em suas partes íntimas. Na época, o senador publicou uma nota dizendo que a menina estava passando por "grave distúrbio psicológico" e sendo instrumentalizada por seus adversários políticos.

Operação mira outros dois suspeitos. Também há mandados de prisão contra Harrison Correa Mota, sobrinho de Telmário, e Leandro Luz, que seria o executor do crime.

Telmário estaria em Brasília, segundo informações da Polícia Civil, mas não foi localizado até o momento. O UOL tenta contato com a defesa do ex-parlamentar.

Ele foi senador da República entre 2015 e 2023. Ele tentou se reeleger no ano passado, mas não conseguiu. A vaga ficou com Dr. Hiran (PP). Telmário era do Solidariedade, mas pediu desfiliação em outubro deste ano.

Mãe da filha do senador foi assassinada no mês passado

Antônia foi morta com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro no bairro Senador Hélio Campos, na zona oeste de Boa Vista, por dois homens em uma moto. Ela foi abordada quando saía de casa para trabalhar. Um deles perguntou seu nome e, ao confirmar a identidade, atirou.

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Duas testemunhas colocaram o ex-senador no centro das suspeitas da Delegacia Geral de Homicídios. Uma assessora do ex-senador foi vista indo entregar a moto aos assassinos um dia antes do crime. Os investigadores também descobriram que a moto foi comprada pelo sobrinho do ex-senador.

A assessora não foi presa nesta etapa, mas deve cumprir medidas cautelares, como a proibição de contato com os investigados.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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