Ex-senador Telmário Mota é preso suspeito de mandar matar mãe da filha
A Polícia Militar de Goiás prendeu o ex-senador Telmário Mota (sem partido) na noite de segunda-feira (30).
O que aconteceu
Telmário Mota é suspeito de mandar matar Antônia Araújo de Sousa, mãe da filha dele, de 17 anos. Ele foi preso após a PM receber uma denúncia anônima sobre sua localização.
Policiais foram até uma residência em Nerópolis, onde observaram a movimentação suspeita de um carro que tentava entrar no local.
O motorista empreendeu fuga quando percebeu a presença das autoridades. Agentes das polícias civil e militar conseguiram abordar o veículo e confirmaram que Telmário Mota era um dos passageiros. Ele foi preso por volta das 23h10.
Após a detenção, o ex-senador foi devidamente apresentado às autoridades competentes da cidade de Nerópolis e agora será apresentado à Delegacia de Investigação de Homicídios, visando o cumprimento do mandado de prisão.
Nota da Polícia Militar de Goiás
Antônia foi assassinada em setembro deste ano com um tiro na cabeça, em Boa Vista. Eles brigavam na Justiça por pensão alimentícia, segundo informações da GloboNews.
Operação mira outros dois suspeitos. Também há mandados de prisão contra Harrison Correa Mota, sobrinho de Telmário, e Leandro Luz, que seria o executor do crime.
A filha de Telmário também o acusa de tentativa de estupro em 2022. Ela registrou um boletim de ocorrência, relatando que Telmário a buscou para passarem o Dia dos Pais juntos. Dentro do carro, ele teria tentado beijá-la e passar a mão em suas partes íntimas. Na época, o senador publicou uma nota dizendo que a menina estava passando por "grave distúrbio psicológico" e sendo instrumentalizada por seus adversários políticos.
Telmário foi senador da República entre 2015 e 2023. Ele tentou se reeleger no ano passado, mas não conseguiu. A vaga ficou com Dr. Hiran (PP). Telmário era do Solidariedade, mas pediu desfiliação em outubro deste ano.
O crime
Antônia foi morta com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro no bairro Senador Hélio Campos, na zona oeste de Boa Vista, por dois homens em uma moto. Ela foi abordada quando saía de casa para trabalhar. Um deles perguntou seu nome e, ao confirmar a identidade, atirou.
Duas testemunhas colocaram o ex-senador no centro das suspeitas da Delegacia Geral de Homicídios. Uma assessora do ex-senador foi vista indo entregar a moto aos assassinos um dia antes do crime. Os investigadores também descobriram que a moto foi comprada pelo sobrinho do ex-senador.
A assessora não foi presa nesta etapa, mas deve cumprir medidas cautelares, como a proibição de contato com os investigados.
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