Conteúdo publicado há 12 meses

Presos por morte de Sara Mariano ganharam de R$ 200 a R$ 900; veja divisão

Os três presos por suspeita de participação no assassinato de Sara Mariano confessaram e deram detalhes do crime ontem (16), segundo a Polícia Civil da Bahia.

O que aconteceu

Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como bispo Zadoque, Victor Gabriel Oliveira Neves e Gideão Duarte de Lima estão presos pela morte da cantora gospel. Eles teriam arquitetado e executado o crime, a mando do marido da vítima, Ederlan Santos Mariano, que também foi preso.

Segundo a polícia, Ederlan pagou R$ 2 mil para os comparsas matarem sua esposa, valor que foi dividido em quatro partes. Ainda, o marido da vítima teria prometido mais R$ 15 mil, mas esse montante não foi pago. Veja como ficou a divisão do valor:

  • Bispo Zadoque recebeu R$ 900 -- ele é apontado pela polícia como responsável por matar Sara, ocultar o cadáver e tentar apagar as provas do crime;
  • Victor Gabriel de Oliveira ganhou R$ 500 -- o suspeito teria sido o responsável por segurar Sara para que Zadoque a matasse, além de participar na ocultação do corpo da vítima;
  • Gideão Duarte recebeu R$ 400 -- ele é apontado como responsável por levar Sara até o encontro dos executores e depois transportar os comparsas para longe do local do crime;
  • Outros R$ 200 foram pagos a um homem não identificado, que não participou diretamente do crime, mas sabia dos planos para matar Sara Mariano.

Bispo Zadoque era tido como "amigo" por Sara Mariano, que costuma interagir com o líder religioso nas redes sociais. Em troca de mensagens, ela teceu elogios ao suspeito e chegou a convidá-lo para ir até sua casa.

Gideão Duarte trabalhava como motorista por aplicativo. Ele disse em depoimento que soube do planejamento do crime no dia e que conduziu Zadoque e Victor Gabriel ao local do crime e, posteriormente, levou os comparsas de volta ao bairro de Valéria, onde a vítima morava, e lá se encontraram com Ederlan.

O UOL não conseguiu contato com as defesas dos suspeitos. O espaço segue aberto para manifestação.

Relembre o caso

O marido de Sara, Ederlan Mariano, foi preso no final de outubro. A Polícia Civil da Bahia disse que ele teria confessado ser o mandante do assassinato, mas a defesa negou e disse que ele se declara inocente.

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O corpo da pastora foi encontrado na BA-093, na região de Dias D'ávila, a 54 km de Salvador. Carbonizado, o cadáver estava em uma região de mata, ao lado da pista.

O marido da vítima teve a prisão decretada e cumprida, após a investigação apontá-lo como autor do delito. Em seguida, ele confessou o crime.
Polícia Civil, em nota

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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