Conteúdo publicado há 10 meses

Suspeita de envenenamento enviou falso ultrassom de filho a ex, diz polícia

A polícia afirma que a advogada Amanda Partata, suspeita de matar por envenenamento o ex-sogro e a mãe dele em Goiânia, enviou ao ex-namorado, Leonardo Pereira Alves Filho, um exame de ultrassom falso três dias antes do crime.

O que aconteceu

Amanda fingiu estar grávida por cinco meses, de agosto a dezembro deste ano, segundo a polícia. O delegado do caso, Carlos Alfama, afirma que ela já mentido a pelo menos seis ex-companheiros que havia engravidado.

A advogada enviou um exame falso a Leonardo, em agosto, dias após ele ter terminado o relacionamento. Ela realmente fez um ultrassom nessa época, mas o verdadeiro deu negativo, segundo a polícia.

A advogada omitiu pelo menos dois exames que deram negativo, de acordo com a investigação. Ambos os documentos, um de agosto e um de dezembro, foram achados na casa dela durante buscas e apreensões na última quinta (28).

Um dos exames falsos, do dia 14 de dezembro, informava que ela estava grávida havia 23 semanas. Mas quando foi presa, no dia 20, a advogada passou por um exame que apontou o hormônio Beta-HCG zerado, o que desmentiu a versão dela.

O ex-sogro de Amanda, Leonardo Pereira Alves, e a mãe dele, Luzia Alves, morreram envenenados no dia 17 de dezembro. Três dias antes, ao enviar ao ex a foto de um feto que não era dela, a advogada mandou a mensagem: "[O bebê] me dá susto? Dá. Mas tá firme e forte".

A polícia encontrou exames de gravidez em agosto e encontrou exames de gravidez de dezembro. Nos dois exames, a Amanda não estava grávida. Com essa apreensão é possível dar a certeza, também, de que Amanda Partata nunca esteve grávida
Delegado Carlos Alfama, da Polícia Civil de Goiás

29.dez.2023 - Polícia Civil de Goiás apresenta concusões sobre o caso de Amanda Partata
29.dez.2023 - Polícia Civil de Goiás apresenta concusões sobre o caso de Amanda Partata Imagem: Instagram/PC-GO

Advogada comprou veneno pela internet

Em depoimento, ex-companheiros declararam que Amanda forjava testes positivos de gravidez para constrangê-los. A polícia divulgou print de conversa entre Amanda e um ex-namorado. Nas mensagens, ela diz que faria um teste para comprovar a paternidade do suposto filho. "A gente faz 100 [testes de] DNA se você quiser", disse.

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A polícia disse ter encontrado a nota fiscal da compra do veneno com o nome e endereço da advogada. Segundo as investigações, ela pediu a entrega em Itumbiara, a cerca de 200 km da capital goiana. Como não estava na cidade, pediu a um motorista de aplicativo que levasse a caixa até ela, em Goiânia.

Vídeos obtidos pela investigação mostram mulher recebendo e abrindo o pacote. A nota fiscal mostra que a substância adquirida é a mesma encontrada no corpo das vítimas.

Polícia disse acreditar que ela cometeu o crime para afetar o ex-namorado. Em conversas com ele no WhatsApp, ela perguntou qual era o maior medo dele, e concluiu que era de perder a família. Para se manter em contato com os parentes dele, ela mentia estar grávida, de acordo com a investigação.

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