Conteúdo publicado há 3 meses

Advogada é denunciada por matar ex-sogro e a mãe dele com bolo envenenado

O Ministério Público de Goiás denunciou, nesta terça-feira (17), advogada Amanda Partata, investigada por envenenar Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves, respectivamente pai e avó do ex-namorado dela, Leonardo Pereira Alves Filho.

O que aconteceu

Homicídios triplamente qualificados. Amanda foi denunciada por dois homicídios triplamente qualificados, com o emprego de meio insidioso (veneno), por motivo torpe (forma de vingança contra o ex-namorado) e também cometidos mediante dissimulação, já que a denunciada ministrou substância química dentro dos bolos de pote.

Ela também foi denunciada por tentativas de homicídio contra outras duas pessoas. A denúncia do MPGO diz que ela também ofereceu os doces envenenados a outros familiares do ex-namorado. As mortes só não se concretizaram porque ambos recusaram o alimento.

Ministério Público também se manifestou a favor conversão de prisão temporária em preventiva. O pedido foi formulado pela autoridade policial. Segundo o MP, a liberdade dela coloca em risco a garantia da ordem pública e também representa risco à vida de Leonardo Pereira Alves Filho e seus demais familiares, além da sociedade em geral.

O MP pediu ainda que seja determinada a reparação dos prejuízos materiais e morais sofridos pelas vítimas.

Polícia indiciou Amanda

A Polícia Civil de Goiás indiciou a advogada pelo crime na segunda-feira (15). A mulher está presa desde o último dia 20 de dezembro.

Apesar de o fato já ter sido completamente esclarecido ainda no ano passado, em 12 dias após as mortes das vítimas Leonardo e Dona Luzia, a Polícia Civil precisou de um tempo maior para concluir e remeter esse inquérito ao Poder Judiciário, porque aguardava ainda o resultado da análise do conteúdo do aparelho celular da investigada Amanda Partata. Carlos Alfama, delegado

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Advogada pesquisou veneno horas antes

Amanda pesquisou antes e no dia do crime se seria possível descobrir o envenenamento. Ela também procurou na internet se a substância tinha gosto.

Ela também comprou veneno pela internet usando o próprio nome e endereço. A advogada pediu a entrega em Itumbiara, a cerca de 200 km da capital goiana. Como não estava na cidade, ela pediu a um motorista de aplicativo que levasse a caixa até ela, em Goiânia.

Vídeos obtidos pela investigação mostram mulher recebendo e abrindo o pacote. A nota fiscal mostra que a substância adquirida é a mesma encontrada no corpo das vítimas.

O crime

Crime ocorreu no dia 17 de dezembro. Amanda Partata teria envenenado os familiares de seu ex-namorado por não aceitar o fim da relação. Ainda de acordo com os investigadores, ela mantinha contato com as vítimas porque fingia estar grávida do ex.

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Polícia disse acreditar que ela cometeu o crime para afetar o ex-namorado. Em conversas com ele no WhatsApp, ela perguntou qual era o maior medo dele, e concluiu que era de perder a família.

Suspeita pareceu fria e não demonstrou arrependimento, disseram os policiais. Ela entrou com um pedido de soltura, mas a Justiça de Goiás negou. "A Polícia Civil espera que a prisão seja mantida. É uma pessoa perigosa", afirmou um dos investigadores em entrevista coletiva. Em nota, a defesa dela disse que só vai se manifestar nos autos do processo.

Amanda Partata teria forjado gravidez para seguir em contato com familiares do ex-namorado
Amanda Partata teria forjado gravidez para seguir em contato com familiares do ex-namorado Imagem: Divulgação/Polícia Civil de Goiás

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