Advogado de Ronnie Lessa diz que pode deixar defesa em caso de delação
Os advogados de Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, podem deixar a defesa do ex-PM caso ele confirme a intenção de fazer delação à Polícia Federal.
O que aconteceu
Bruno Castro e Fernando Santana informaram interlocutores sobre a decisão, segundo o UOL apurou. Os advogados são contra esse tipo de acordo — posicionamento que havia sido informado a Lessa quando o escritório foi contratado cinco anos atrás.
Suposta delação foi divulgada no último domingo. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Lessa fechou acordo com a Polícia Federal para revelar detalhes da execução.
Defesa diz que foi "pega de surpresa" por notícia. Em nota, Castro e Santana afirmaram que "em contato com membros da família do cliente, fomos informados que eles também não têm ciência da assinatura de qualquer acordo de colaboração premiada".
PF promete "resposta final" até março
O diretor-geral da Polícia Federal disse ter "convicção" de que o prazo pode ser cumprido no último dia 9. Em entrevista à Rádio CBN, Andrei Passos Rodrigues definiu o esclarecimento do caso como "um desafio" assumido pelo órgão no ano passado.
Flávio Dino (PSB) prometeu que caso será 'integralmente elucidado' em dezembro. Na cerimônia de sua despedida do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o ministro disse que respostas em relação aos assassinatos viriam a público em breve.
Os crimes completam seis anos no próximo dia 14 de março. A vereadora voltava de um evento na Lapa, no Centro do Rio, quando foi executada a tiros na altura do Largo do Estácio. Anderson dirigia o carro e também foi atingido pelos disparos.
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