Conteúdo publicado há 3 meses

Avião cai e deixa 7 mortos na zona rural de Itapeva, em Minas Gerais

Um avião caiu na manhã deste domingo (28) em Itapeva, no sul de Minas Gerais. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou a morte de sete pessoas no acidente.

O que aconteceu

Peritos da Polícia Civil assumiram a investigação após a confirmação das mortes dos sete ocupantes. A aeronave caiu na zona rural do município às 10h38, no bairro Monjolinho.

Os corpos das vítimas serão encaminhados para o Posto Médico-legal de Pouso Alegre. À GloboNews, a médica-legista que atua na ocorrência, Tatiana Teles, disse que foram encontrados documentos no local do acidente, mas que a identificação só será possível após análises técnicas.

A aeronave partiu de Campinas (SP) e tinha como destino Belo Horizonte (MG). Ao UOL, a Rede Voa, empresa que administra o aeroporto Campo dos Amarais, de onde o avião levantou voo, confirmou que a decolagem aconteceu por volta das 10h10. O destino era a capital mineira.

Pessoas da região avistaram um avião monomotor se partindo no ar, segundo o Corpo de Bombeiros. A aeronave se desintegrou no ar enquanto sobrevoava a região. Segundo os depoimentos, as parte do avião caíram aos poucos no solo. A Polícia Militar do Estado foi acionada por volta das 11h.

O Corpo de Bombeiros confirmou que sete pessoas morreram. Estavam no avião dois empresários do setor financeiro, suas esposas, e um filho de um dos casais, além dos tripulantes. Os bombeiros informaram que, após encontrarem as vítimas, o caso foi passado para investigação da Polícia Civil. As equipes trabalham na região em que os destroços caíram, a um raio aproximado de 400 metros.

A aeronave de matrícula PS-MTG foi fabricada em 1996 pela Piper Aircraft. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o modelo é registrado como uma aeronave de serviço aéreo privado e não possui permissão para realizar táxi aéreo. Ela estava com situação normal para aeronavegabilidade.

As vítimas

Fernanda Amaral, André Amaral, Marcílio Franco e Raquel Silveira estavam no avião que caiu em MG
Fernanda Amaral, André Amaral, Marcílio Franco e Raquel Silveira estavam no avião que caiu em MG Imagem: Reprodução/Redes Sociais
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Marcílio Franco tinha 42 anos e era presidente da Associação Nacional de Empresas Correspondentes Bancárias. Franco se dizia apaixonado por cavalos nas redes sociais e era um dos fundadores da CredFranco. Sua esposa, Raquel Silveira, de 40 anos, também estava na aeronave. O filho de Marcílio e Raquel, Antônio Silveira, de dois anos, também morreu no acidente.

André Amaral tinha 40 anos e também fundou a CredFranco. Nas redes sociais, amigos e conhecidos o descreveram como alguém dedicado que deixa um legado de "liderança e humanidade". Fernanda Amaral, companheira de André, de 38 anos, também morreu no acidente.

Além dos empresários e seus familiares, o piloto e co-piloto da aeronave também morreram.

O que diz a Anac

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) lamentou o ocorrido. A agência também se solidarizou com amigos e familiares das vítimas.

A aeronave citada, matrícula PS-MTG, está em situação regular na ANAC. O avião, porém, não tinha autorização para serviço de táxi-aéreo.

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Cenipa investiga queda

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) vai investigar os motivos que levaram à queda da aeronave. Investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III), localizados no Rio de Janeiro (RJ), órgão regional do Cenipa, foram acionados para realizar uma ação inicial da ocorrência.

Nessa ação, ocorre a coleta de informações iniciais para a investigação. Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), são utilizadas técnicas específicas para a coleta e confirmação de dados, preservação dos elementos da investigação, verificação de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação.

A conclusão das investigações "terá o menor prazo possível", diz o órgão. O resultado, segundo o órgão, "depende da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes".

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