Conteúdo publicado há 8 meses

PM resgata 6 mulheres de clínica de reabilitação na BA por violência sexual

A PM resgatou na última quinta-feira (14) seis mulheres de uma clínica de reabilitação para pessoas que fazem uso de drogas em Planalto, interior da Bahia. A suspeita é que elas teriam sido vítimas de suspeita de violência sexual e maus-tratos.

O que aconteceu

Clínica terapêutica era mantida por um casal de pastores. O estabelecimento foi interditado em uma operação conjunta entre a PM e a Vigilância Sanitária após a denúncia de órgãos municipais e do Ministério Público de que estaria atuando de forma irregular com cometimento de crimes. O UOL não localizou os representantes legais dos pastores para que pudessem se posicionar sobre o caso.

Polícia Civil investiga crimes de importunação sexual e maus-tratos. Em nota, a entidade disse que ainda irá coletar depoimento de funcionários e de outros pacientes do local.

As seis vítimas resgatadas foram encaminhadas para as suas cidades de origem. Ao final das inspeções, elas foram levadas para almoçar e encaminhadas à delegacia, onde prestaram depoimento. Depois disso, retornaram para os locais onde moravam com o apoio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social da Prefeitura, responsável pela denúncia de que a clínica estaria irregular.

Estabelecimento cobrava entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês para acolher as vítimas. A entrada para a inspeção foi liberada pela pastora que é uma das responsáveis pela clínica. Ela foi levada para a delegacia, onde também prestou depoimento e foi liberada.

Clínica estava em "péssimas condições", diz PM. Em boletim de ocorrência obtido pelo UOL, a PM informou que a parte estrutural está em péssimas condições. "Na parte inferior, há mato e muito material acumulado. Na parte de cima, não há acessibilidade, com uma escada íngreme que dificulta a locomoção dos idosos. O local é abafado e coberto com telhas", diz a corporação no registro.

Vistoria localizou estimulantes sexuais. No local, também foram encontrados remédios sem receita médica.

As portas têm cadeados do lado de fora, e os idosos relatam que em alguns momentos são trancados nos quartos. [As vítimas dizem que o pastor] é ignorante e agressivo. Uma das idosas relata que era empurrada, obrigada a tomar remédio à força e que em um episódio foi enforcada pelo pastor. Não há médico, psicólogo ou enfermeiro para cuidar dos idosos. Eles próprios cuidam da casa e dos afazeres.
Trecho do boletim de ocorrência

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