Polícia usa visão noturna e snipers para prender grupo que rouba farmácias
Uma quadrilha especializada em ataques a farmácias na Grande São Paulo foi presa em uma operação em uma área de mata com o auxílio de câmeras com visão noturna, drones e até snipers.
O que aconteceu
Quadrilha estava escondida em uma casa na área rural de Guarulhos. Na ação, cinco suspeitos foram presos pela Polícia Civil de São Paulo, indiciados por crimes como roubo a estabelecimento comercial, associação criminosa, porte ilegal de arma, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor, já que um dos veículos usados pelo grupo estava com a placa clonada.
Carro com placa clonada foi o mesmo usado em ataque a uma farmácia, diz Polícia Civil. Com base em imagens de câmeras de vigilância, os investigadores identificaram o veículo no Morumbi, zona oeste de São Paulo, em um assalto cometido na última sexta-feira (15), noite anterior à prisão. Depois do crime, o grupo foi ao imóvel em Guarulhos, usado como esconderijo da quadrilha.
Polícia Civil apreendeu armas, medicamentos roubados e joias com a quadrilha. Na ação, os agentes apreenderam uma pistola, um revólver, remédios roubados, joias, celulares e até um caderno contendo anotações da contabilidade do grupo. O material será periciado. O UOL não localizou os advogados dos suspeitos presos.
Grupo roubava medicamentos cujos preços chegam a R$ 1.000, aponta investigação. A quadrilha fazia ataques a farmácias ao menos desde o ano passado, de acordo com a Polícia Civil, e mirava sobretudo remédios como Ozempic e Saxenda, que auxiliam no emagrecimento, e o Venvanse, prescrito para pacientes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que depois eram vendidos pela internet abaixo do valor de mercado.
Foram ao menos 30 ações do tipo desde o começo de 2023. A investigação que resultou na prisão em Guarulhos teve início há ao menos duas semanas. O monitoramento do grupo começou após a prisão de dois suspeitos de integrar o mesmo grupo, o que possibilitou a identificação do possível esconderijo dos suspeitos.
Conseguimos mandados e pedimos prisões até chegar aos envolvidos. Utilizamos equipamentos como visão noturna e drones para monitorá-los.
Pedro Ivo Corrêa dos Santos, delegado do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais)
Deixe seu comentário