Empresário investigado por estupros é solto após 6 dias na prisão em PE
O empresário pernambucano Rodrigo Dib Carvalheira, suspeito de estuprar mulheres, foi solto nesta quarta-feira (17). Ele havia sido preso no dia 11 de abril.
O que aconteceu
Rodrigo Carvalheira recebeu o alvará de soltura condicionado a monitoramento eletrônico e já deixou a unidade prisional. A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco.
O suspeito estava preso no Cotel, em Albreu e Lima, no Grande Recife.
O UOL procurou o Tribunal de Justiça de Pernambuco para esclarecer detalhes da soltura. Em nota, o órgão informou que os processos e procedimentos que tratam de crimes contra a dignidade sexual correm em segredo de justiça.
Em nota, a defesa de Rodrigo Carvalheira esclareceu que o TJPE acolheu o pedido da defesa. "Destacamos que recebemos com naturalidade a decisão da Justiça Pernambucana, que acertadamente restabeleceu a liberdade de Rodrigo Carvalheira", disse a advogada Graciele Queiroz.
Empresário foi preso preventivamente
Rodrigo Carvalheira foi preso na quinta-feira (11). Ele foi detido no bairro de Boa Viagem, informou a Polícia Civil. A defesa diz que caso é "um show midiático político.
A prisão, em razão de ''crimes contra mulheres'', foi expedida pela 18ª vara crimina da capital. O empresário foi levado para 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, em Santo Amaro. O Tribunal de Justiça informou que o caso está em segredo e outras informações não puderam ser passadas.
Carvalheira é dono de um restaurante e já foi secretário de Turismo do município de São José da Coroa Grande. Ele acumula fotos com políticos e famosos nas redes sociais. A família dele é conhecida por ser dona de uma produtora de eventos, envolvida em grandes celebrações de Carnaval.
Rodrigo foi expulso do PRD
O PRD (Partido Renovação Democrática) expulsou o empresário pernambucano do quadro de filiados.
Em nota, o PRD condenou "qualquer ato de criminalidade". "Especialmente aqueles que atentam contra a dignidade das mulheres", diz texto assinado pela Executiva Nacional.
O partido esclareceu ainda que Carvalheira nunca foi membro da executiva estadual do PRD em Pernambuco. A nota esclarece ainda que o empresário nunca ocupou qualquer posição de liderança em outros níveis organizacionais do partido. "Sua filiação ao PRD aconteceu automaticamente, como resultado da fusão entre o PTB e o Patriota".
O comunicado também destacou que "o PRD está absolutamente comprometido com os valores de respeito e integridade".
Diante da gravidade das acusações, o PRD tomou a decisão imediata de expulsar Rodrigo Carvalheira de nosso quadro de filiados. O PRD sempre se pautou pela transparência e pelo rigor ético, e reafirma seu compromisso com a justiça e com a promoção de uma sociedade livre de violência e discriminação.
Nota enviada pelo PRD
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Quero receberO que diz a defesa
O empresário disse ser inocente. "Tudo será apresentado. Sou inocente. São muito minhas amigas e eu acho incrível que está acontecendo isso", afirmou a jornalistas na saída da delegacia, em imagens mostradas pela TV Globo.
Advogada chamou caso de "show midiático político''. Em nota, Graciele Queiroz escreveu que a prisão de Rodrigo causou "espanto e estranheza" para todos, mas que sua inocência será provada.
A defesa disse ainda que Carvalheira se colocou à disposição da polícia para prestar esclarecimentos e colaborar. ''Os fatos narrados são graves, porém baseados unicamente na opinião da autoridade policial e na coleta de depoimentos'', afirmou.
Rodrigo, ao longo dos últimos meses, colocou-se à disposição da autoridade policial para prestar esclarecimentos e colaborar com as investigações. Seu objetivo sempre foi provar sua inocência e esclarecer os fatos confusos. Rodrigo solicitou para ser ouvido de forma espontânea na delegacia, porém a delegada que preside o inquérito recusou.
Graciele Queiroz, advogada
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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