Empresário de grupo de agiotas do PCC foi preso a caminho do RS, diz MP

Sedemir Fagundes, suspeito de integrar uma rede de agiotas do PCC, foi preso hoje de manhã em Tubarão (SC) quando estava a caminho do Rio Grande do Sul para auxiliar as vítimas da enchente, segundo o Ministério Público. Ele é empresário do funkeiro MC Paiva.

O que aconteceu

Suspeito postou vídeos e fotos no Instagram mostrando a moto aquática que seria usada em possíveis resgates no RS. Ele é apontado como um dos integrantes do esquema e um dos alvos de mandado de prisão de operação conjunta do MP e da PM hoje. A defesa dele não foi localizada.

Moto aquática foi apreendida na caçamba de um caminhão quando o empresário se deslocava para regiões atingidas pela enchente. Na ação, agentes apreenderam um tubo contendo cocaína, cheques, comprovantes de depósitos, munições e 11 relógios. Entre eles, dois Rolex. Segundo a investigação, o grupo atuava desde 2021. A prisão foi feita pela PRF catarinense, que apoiou a operação conduzida pelo MP e pela PM de São Paulo.

A rede de agiotas do PCC emprestou ao menos R$ 20 milhões a empresários na capital paulista e na região do Alto Tietê em 2023, diz o MP. O grupo emprestava dinheiro a até 300% de juros ao mês. Segundo a investigação, os suspeitos de integrar o grupo citavam a facção criminosa para intimidar e coagir as vítimas.

Ação em conjunto entre MP e PM de São Paulo prendeu mais oito suspeitos além de Sedemir. Na operação, também foram apreendidas seis armas —entre elas, um fuzil. Também foram apreendidos R$ 65 mil em dinheiro vivo cheque.

Suspeito de integrar o PCC foi preso quando levava moto aquática para auxiliar em resgate de vítimas da enchente do RS
Suspeito de integrar o PCC foi preso quando levava moto aquática para auxiliar em resgate de vítimas da enchente do RS Imagem: Reprodução/Redes sociais

A facção vem se sofisticando com atividades criminosas mais lucrativas e menos violentas. Isso demanda também uma sofisticação na investigação desses crimes.
Frederico Vieira Silvério, promotor da Justiça

Errata:

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  • O suspeito foi preso em Tubarão (SC), e não em São José dos Campos (SP).

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