Donos de hotéis do PCC acompanhavam o fluxo da 'cracolândia', diz polícia

Investigados por lavar dinheiro do PCC com hospedarias na região da "cracolândia" movimentavam seus empreendimentos junto com os usuários de droga na capital. A informação é da Polícia Civil de São Paulo.

O que aconteceu

Polícia desconfia que os administradores dos "hotéis do PCC" direcionavam o fluxo de acordo com seus empreendimentos. "Ali eles têm um local para onde armazenar a droga e fazer a venda direta para o consumidor", afirmou o delegado Carlos César Castiglioni, da Dise, ao UOL.

Hospedagens também eram usadas para lavagem de dinheiro, segundo a investigação."Eram operações fictícias para dar aparência de licitude", explicou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

Operação "asfixiou o sistema financeiro do crime organizado". 28 desses hotéis tiveram suas atividades econômicas suspensas. Além disso, o bloqueio de 26 contas de pessoas físicas e jurídicas foi autorizada pela Justiça, informou a SSP.

Dez pessoas foram presas em flagrante na capital paulista e outras duas em São Lourenço da Serra (SP). Segundo ele, na região metropolitana um laboratório de produção de droga foi encontrado. Ainda é investigado se o local produzia Skunk ou maconha Dry.

Duas armas e drogas foram apreendidas. Trinta celulares também foram apreendidos com dois procurados. A terceira fase da Operação Downtown ocorre nesta quinta-feira para o cumprimento de 140 mandados de busca e apreensão.

Os recursos saíam dessas pensões para outras empresas até chegar a empresas que eram destinatárias finais dos membros do PCC. Era praticamente uma rede colaborativa do crime organizado.
Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo

Deixe seu comentário

Só para assinantes