Conteúdo publicado há 6 meses

Jovem é preso em GO por golpe de R$ 36 mi com site falso para doções ao RS

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul realizou, nesta quarta-feira (19), nova fase da Operação Dilúvio Moral para combater fraudes, golpes e atentados durante o período de calamidade pública provocado pelas chuvas no estado no mês passado.

O que aconteceu

Operação foi realizada nos estados de São Paulo e Goiás e prendeu duas pessoas. Entre os presos, está um jovem de 20 anos, morador de Goiânia, suspeito de movimentar mais de 36 milhões em transações atípicas recentes — ele é apontado como um dos principais membros da quadrilha que desviou doações destinadas aos gaúchos.

A segunda prisão foi de uma mulher, de 46 anos, na cidade de Luziânia, também em Goiás. Conforme a investigação, ela é sócia de uma empresa de pagamentos em conjunto com um menor de idade, morador de Balneário Camboriú (SC), que já foi apreendido pela polícia no mês passado. A mulher também é mãe de um outro menor de 16 anos, apontado como o responsável por operacionalizar o golpe por meio de um site falso — o filho dela também foi apreendido.

Suspeitos criaram páginas falsas parecidas com as oficiais do governo do Rio Grande do Sul. Eles postavam mensagens alarmantes de que "a população estaria diante do maior desastre da história" do estado, para arrecadar doações via transações financeiras online.

Como a quadrilha agia

Das páginas falsas do governo gaúcho, eles redirecionavam doadores para uma nova página falsa que simulava o website "Vakinha". Na página simulada, era divulgado um QR Code, gerado por uma fintech de checkout (espécie de loja virtual), que permitia o pagamento via Pix.

O próximo passo era redirecionar o valor doado para um gateway de pagamentos, que repassava o valor para o local indicado pelos golpistas. Conforme a polícia, em regra os valores eram repassados para empresas das quais os suspeitos são sócios. Ao realizar todo esse processo, o valor era captado com aparência de licitude, vez que simulava a "venda" de um produto ou serviço oriundo das empresas.

Páginas falsas foram retiradas do ar. A polícia também realizou o bloqueio de todas as contas bancárias vinculadas ao CPF e aos CNPJs dos investigados.

Além das prisões, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul apreendeu veículos, dinheiro e penhorou bens e contas dos investigados. A operação de hoje teve o apoio das polícias de São Paulo e de Goiás.

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Como os suspeitos não tiveram os nomes revelados, não foi possível achar suas defesas. O espaço segue aberto para manifestação.

Casal cearense preso

Na semana passada, um casal foi detido por suspeita de fraude e desvio de doações para o RS. Aldanísio Paiva e Regina Belo, ambos de 50 anos, foram presos preventivamente em casa, em Fortaleza, na quinta-feira (13). Também foi realizada busca e apreensão na residência deles, onde documentos falsos foram localizados.

Dupla fraudou chaves Pix para desviar recursos que seriam doados ao RS. Para a fraude, os dois abriam contas com documentos falsos e criavam endereços similares aos utilizados em campanhas de arrecadação para as enchentes.

Cadastro alterava apenas um dígito da chave verdadeira. Assim, os valores de contribuições eram desviados quando as vítimas se equivocassem na hora de digitar os dados para enviar o dinheiro.

Casal criou cerca de 235 chaves Pix distintas. A investigação revelou que, somente em maio, novos cadastros foram realizados todos os dias pela dupla.

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