Conteúdo publicado há 6 meses

Advogado acusado de falsificar documento para soltar membro do PCC é preso

O advogado Augusto Cesar Moraes Casaro, acusado de falsificar um habeas corpus para tentar libertar Fuminho, membro aliado de Marcola, do PCC, foi preso nesta segunda-feira (24), em Goiás.

O que aconteceu

Casaro foi preso preventivamente após investigação envolvendo as polícias de Goiás e de São Paulo apontar para sua atuação para soltar Fuminho. Fuminho é Gilberto Aparecido Santos, tido como braço-direito do líder do PCC, Marcola.

O Justiça havia determinado a prisão preventiva de Casaro e do empresário Sandro Moretti. A dupla, segundo a investigação, enviou documentos falsos no sistema do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e era alvo de acusações de formação de quadrilha.

A prisão foi efetuada pelo Bope de Goiás. Participaram da operação, além do Bope, a Polícia Federal do estado goiano, o Centro de Inteligência da SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco).

Atuação para soltar Fuminho

A operação do advogado preso visava colocar fuminho em liberdade, aponta MP-SP. Além de Casaro e Moretti, o advogado José Pedro Cândido de Araújo também foi denunciado. Apenas Morretti havia sido preso.

O trio é acusado de anexar, em dezembro de 2022, habeas corpus a um processo da 2º Vara Criminal de Itapecerica da Serra. Fuminho foi condenado neste processo em primeira instância a 26 anos e 11 meses por tráfico de drogas, posse e comercialização de armas e formação de quadrilha.

Réus falsificaram assinatura digital de desembargadora, diz MP-SP. No falso documento juntado aos autos, os réus falsificaram a assinatura digital de uma desembargadora do Tribunal de Justiça como se ela tivesse deferido o habeas corpus em favor de Fuminho.

Fuminho foi preso em abril de 2020 em Maputo, capital de Moçambique, na África. Ele estava foragido desde 1999, quando fugiu da Casa de Detenção, no Carandiru, zona norte de São Paulo. O narcotraficante e Marcola estão recolhidos na Penitenciária Federal de Brasília.

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O UOL tentou contato com as defesas dos acusados, caso haja manifestação, a reportagem será atualizada.

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