Conteúdo publicado há 4 meses

Oito pessoas são indiciadas por chacina que matou criança de 9 anos em MG

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou oito pessoas por suposta participação na chacina que matou três pessoas em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de BH, em maio. Um menino de 9 e a prima dele, de 11 anos, estão entre os mortos.

O que aconteceu

Apenas três suspeitos estão presos. São eles: um dos atiradores, que foi preso em flagrante no dia do crime; Ivone Silva de Almeida, apontada como informante; e um suposto mandante, que já cumpria pena por tráfico e homicídio.

Os outros cinco são considerados foragidos, segundo informações divulgadas pelo delegado Marcus Vinícius Silva Rios nesta terça-feira (9). Sete indiciados responderão por homicídio qualificado por motivo torpe, impossibilitar chance de defesa e em razão das vítimas crianças. No caso de Ivone, que também teve a filha atingida durante o crime, ela responderá por homicídio qualificado por motivo fútil.

Disputa pelo tráfico de drogas em Morro Alto, no município de Vespasiano, teria motivado a chacina. Segundo as investigações, traficantes queriam tomar uma "biqueira" - local de tráfico de drogas - comandada por Felipe Júnior Moreira Lima, alvo principal dos criminosos.

Plano dos traficantes do Morro Alto era entregar o ponto de drogas para outro criminoso que retornava ao grupo, segundo o delegado. Esse homem é um dos indiciados que já estava preso. Felipe também já teria integrado o grupo criminoso há alguns anos.

A morte das duas crianças foi intencional. "Eles queriam deixar um recado para os outros criminosos do Morro Alto. A ação de atirar nas crianças e nas outras pessoas da festa não foi 'mero erro' na execução, foi algo direcionado", disse o delegado.

As investigações apontam que era importante mandar um recado. Havia resistência dentro do grupo criminoso com a volta do traficante que havia sido expulso. "Os fatos que motivaram o crime estão todos relacionados com o Morro Alto", ressaltou Marcus Vinícius.

O crime foi cometido por pelo menos dois atiradores em dois veículos, segundo a Polícia Civil.

Entenda o caso

A chacina aconteceu durante a festa de aniversário de Heitor Felipe, 9, em 23 de maio. Dois suspeitos, de 23 e 26 anos, atiraram contra pessoas que estavam na confraternização.

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O aniversariante, o pai dele, de 26 anos, e a prima, de 11, foram mortos. O homem teve 12 perfurações, informou a Polícia Militar à época.

Heitor Felipe foi atleta das categorias de base do Atlético-MG. Ele jogou na categoria de base do time e participava de treinos mensais, segundo nota divulgada pelo clube.

O Atlético-MG lamentou a morte. "Nossos sinceros sentimentos aos familiares e amigos. Descanse em paz, Heitor", diz a publicação.

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