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Acusada de matar ex-sogro e a mãe dele envenenados vai a júri popular em GO

Amanda Partata irá a júri popular Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo

26/08/2024 23h14Atualizada em 26/08/2024 23h14

A advogada Amanda Partata, presa sob acusação de envenenar e matar o ex-sogro e a mãe dele, irá a júri popular, decidiu a Justiça de Goiás.

O que aconteceu

Na decisão, a Justiça ainda manteve a prisão preventiva de Amanda. Com isso, a acusada não tem a possibilidade de aguardar o júri em liberdade com medidas cautelares. Ela está presa desde dezembro de 2023. A decisão, obtida pelo UOL, foi proferida nesta segunda-feira (26) pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, da 1ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri.

Judiciário também analisou e manteve qualificadoras contra Amanda. A mulher virou ré pelos crimes em janeiro de 2024.

Veja abaixo as acusações contra Amanda:

  • Homicídio consumado triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) contra Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado de Amanda;
  • Homicídio consumado triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) e agravado pela idade contra Luzia Alves, avó do ex-namorado de Amanda;
  • Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) praticado contra o tio do ex-namorado de Amanda;
  • Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) e agravado pela idade da vítima contra o avô do ex-namorado de Amanda.

A data do julgamento ainda não foi definida.

O UOL tenta contato com a defesa de Amanda para pedido de posicionamento. O texto será atualizado tão logo haja manifestação.

O crime

Crime ocorreu no dia 17 de dezembro de 2023. Amanda Partata é acusada de ter envenenado de Leonardo Pereira Alves, 58, e Luzia Tereza Alves, 86, respectivamente pai e avó do ex-namorado dela, Leonardo Pereira Alves Filho.

Ela também é acusada por tentativas de homicídio contra outras duas pessoas. A denúncia do MP-GO diz que ela ofereceu os doces envenenados a outros familiares do ex-namorado. As mortes só não se concretizaram porque ambos recusaram o alimento. Ainda de acordo com os investigadores, ela mantinha contato com as vítimas porque fingia estar grávida do ex-companheiro.

Polícia disse acreditar que ela cometeu o crime para afetar o ex-namorado e por não aceitar o fim da relação. Em conversas com ele no WhatsApp, ela perguntou qual era o maior medo dele, e concluiu que era de perder a família.

Amanda pesquisou antes e no dia do crime se seria possível descobrir o envenenamento. Ela também procurou na internet se a substância tinha gosto.

Ela também comprou veneno pela internet usando o próprio nome e endereço. A advogada pediu a entrega em Itumbiara, a cerca de 200 km da capital goiana. Como não estava na cidade, ela pediu a um motorista de aplicativo que levasse a caixa até ela, em Goiânia.

Vídeos obtidos pela investigação mostram mulher recebendo e abrindo o pacote. A nota fiscal mostra que a substância adquirida é a mesma encontrada no corpo das vítimas.

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