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Valmir Salaro

Valmir Salaro

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Reportagem

Vídeo: PM é agredido por policiais civis com socos e mata-leão em bar de SP

Um policial militar foi agredido por policiais civis com socos e mata-leão na frente de um bar no Jardim São Paulo, na zona norte da capital paulista, na quarta-feira (21). A Corregedoria da Polícia Civil investiga o caso.

Na denúncia, obtida pela coluna, o PM de 46 anos contou que parou o carro onde estava com a esposa em frente ao Terraço Urbano Bar e Restaurante. O homem desembarcou e passou a conversar com a esposa, que estava no banco do motorista, enquanto se apoiava na janela do automóvel.

Vídeo das câmeras de segurança mostra quando dois homens, e depois um terceiro, se aproximam. Segundo o policial militar, os três disseram que eram policiais civis do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), questionaram se o agente era policial e se estava armado. Então, o PM se apresentou e exibiu a sua identidade funcional, informando que estava armado e afirmando que atua na 1ª Companhia do 5º BPM/M (Batalhão de Polícia Militar Metropolitano).

Na sequência, mais quatro homens se aproximaram. O policial militar declarou na denúncia que eles estavam visivelmente alterados, possivelmente sob efeito de bebidas alcoólicas, e começaram a afrontá-lo, gritando: "aqui é o Deic, pô". As agressões flagradas pela câmera começam em seguida.

Envolvidos na ocorrência, os agentes da Divecar (Divisão de Investigações sobre Furtos, Roubos e Receptações de Veículos e Cargas) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) contestaram a versão do PM. Em depoimento, eles afirmaram que o policial militar estava embriagado e armado, intimidando as pessoas no estabelecimento, e não quis se identificar.

Em determinado momento, um dos homens pula nas costas do PM, aplicando um golpe de mata-leão na vítima, enquanto outro puxava o braço direito dele para trás e um terceiro o empurrou. Caída no chão, a vítima foi cercada e atingida por socos. Depois que a agressão terminou, um deles pegou a arma do PM, que conseguiu se levantar do chão. Um dos agressores perguntou se o agente não tinha outra arma. Os agressores estariam participando de uma confraternização no estabelecimento.

Durante as agressões, segundo a vítima, duas mulheres que estariam acompanhando os agressores abordaram a esposa dele, dando cabeçadas e chutes nela.

Um dos agressores também afirmou que mataria o PM e a esposa se eles o denunciassem à polícia. A vítima relatou que ele e a companheira não revidaram às agressões.

Após conseguir deixar o local, o casal deu uma volta no quarteirão e o agente acionou à Polícia Militar. Enquanto aguardava, ele localizou a sua arma dentro da bolsa da esposa, parcialmente desmontada e com o carregador retirado.

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Corregedoria abre procedimento

Procurada, a SSP-SP informou que a Corregedoria da Polícia Civil, assim que tomou conhecimento do caso, abriu um procedimento para investigar a conduta dos envolvidos. "Detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial", finalizou.

A coluna tenta contato com os policiais e com o bar para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

Reportagem

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