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Veja vídeo do momento em que funcionária da Apae é morta, segundo a polícia

Um vídeo divulgado pela Polícia Civil de São Paulo nesta segunda-feira (26) mostra o momento em que a secretária-executiva da Apae de Bauru (SP) troca de lugar em um carro com o então presidente da entidade. Segundo a investigação, a vítima foi assassinada por ele após essa movimentação.

O que aconteceu

Imagens de uma câmera de segurança no bairro Novo Jardim Pagani deram "rumo decisivo para a investigação", diz a polícia. O vídeo mostra Cláudia Regina da Rocha Lobo deixando o banco de motorista e indo para o banco de trás, onde foi encontrada a maior quantidade de sangue no carro, enquanto Roberto Franceschetti Filho assume o volante.

O presidente da Apae teria dado um tiro na secretária pouco depois de trocarem de lugar no carro. Outras câmeras de segurança mostram Roberto seguindo pela Rodovia Cezário José de Castilho para se desfazer do corpo, de acordo com a investigação.

Roberto indicou onde descartou corpo, segundo Polícia Civil de São Paulo. Em uma conversa preliminar com os policiais, após ser preso temporariamente no dia 15, o suspeito teria indicado que jogou o corpo da vítima em um local onde a Apae incinera papéis e outros materiais. A geolocalização e movimentação do celular dele indicaram que o presidente da entidade passou pelo local.

Porém, em depoimento formal no dia 19, o presidente da entidade negou o crime. Ele disse que apenas levou Cláudia para entregar uma quantia no bairro Mary Dota e, depois, ela o deixou na Avenida Nuno de Assis.

O UOL tenta contato com a defesa de Roberto Franceschetti Filho. Se houver resposta, o texto será atualizado.

Motivação

O inquérito segue em andamento, mas a principal hipótese é de que a morte tenha relação com questões financeiras, disse ao o UOL delegado Cledson do Nascimento. "O próprio Roberto indicou que ele estava fazendo retiradas de valores da instituição e repassando para ela. Temos informações também que ela que o indicou como presidente", disse. A investigação aponta fortes indícios de que o assassinato ocorreu em meio a um "rombo" no caixa da Apae, má gestão da entidade e conflitos de interesse entre os dois.

Em depoimento, o suspeito disse que os adiantamentos supostamente solicitados por Cláudia seria para ajudar um parente que havia sido preso e estava devendo. Uma semana antes do desaparecimento, ela teria pedido R$ 40 mil, mas ele não teria liberado.

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Os policiais também encontraram mensagens em que a vítima ressalta que foi ela a responsável por indicar Roberto como presidente. "Algumas informações apontam que isso poderia ter sido 'colocado em xeque', querendo tirá-lo da função", explicou o delegado.

Descarte do corpo

Outro suspeito relaciona Roberto ao crime. Um funcionário responsável pelo setor de frota e compras da Apae de Bauru, que seria "homem de confiança de Roberto", afirmou que o presidente o ameaçou para descartar o corpo de Cláudia e limpar o carro.

No dia 10, esse funcionário voltou com a polícia ao local onde queimou o corpo da vítima. Foi nesse momento que os agentes encontraram fragmentos de ossos humanos, ainda em análise. Também foi encontrado um par de óculos, reconhecido por parentes como sendo de Cláudia.

O laudo pericial confirmou que a pistola apreendida na casa de Roberto é compatível com a bala encontrada no carro.

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