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Decretos de situação de emergência por incêndios florestais aumentam 193%

Os decretos municipais de situação de emergência por causa de incêndios florestais cresceram 193% em 2024, segundo dados coletados pela CNM (Confederação Nacional de Municípios).

O que aconteceu

De janeiro até 26 de agosto, já são 167 registros. No mesmo período do ano passado, eram 57 decretos, de acordo com a CNM.

Agosto é o mês com mais ocorrências. São 118 dos 167 decretos de emergência por incêndios florestais neste ano, o que representa 70% do total. Na comparação com agosto do ano passado, o aumento é de 354%. Na ocasião, foram registrados 26 decretos de situação de emergência por incêndios florestais.

Cidades do estado São Paulo são as que mais registraram ocorrências em agosto, com 51 até o momento. Municípios de Mato Grosso do Sul vêm em seguida, com 35. A lista continua com cidades do Acre (22), do Espírito Santo e Rondônia (2, cada), e do Amazonas, da Bahia, de Minas Gerais, do Mato Grosso, do Rio de Janeiro e de Santa Catarina (1, cada).

Mais de 4,4 milhões de pessoas já foram afetadas pelos incêndios florestais no país neste ano de 2024, segundo o CNM. Possível sobrecarga de atendimentos no sistema municipal de saúde, problemas no abastecimento de água potável e a suspensão de aulas são alguns pontos levantados como preocupantes pela Confederação Nacional de Municípios.

Confederação Nacional de Municípios estima R$ 38 milhões em prejuízos. A CNM prevê prejuízo de R$ 13,6 milhões na agricultura, R$ 10 milhões de assistência médica emergencial e R$ 9,2 milhões na pecuária. "Esses valores devem aumentar de forma significativa, tendo em vista que a maioria dos gestores municipais ainda está inserindo as informações no sistema do MIDR [Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional]", diz a entidade.

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