Conteúdo publicado há 1 mês

Empresário e caseiro são presos após corpo de adolescente ser achado em SP

O corpo de uma adolescente de 16 anos, que estava desaparecida desde dezembro de 2023, foi encontrado enterrado em um sítio no município de Nova Granada, no interior de São Paulo.

O que aconteceu

Empresário e caseiro, suspeitos de envolvimento no crime, foram presos em flagrante, mas liberados após pagamento de fiança. O empresário e dono da propriedade rural Gleison Luís Menegildo, 45, e o caseiro Cleber Danilo Partezani, 42, negam participação no homicídio.

Cadáver foi localizado na terça-feira (27) após a Polícia Militar receber denúncia. A vítima foi identificada como Giovana Pereira Caetano de Almeida. Policiais precisaram do auxílio de um trator para recuperar o corpo, que estava em avançado estado de decomposição.

Caseiro do sítio indicou onde a jovem estava enterrada e confessou que ajudou a abrir cova. Conforme o boletim de ocorrência, Cleber Danilo Partezani explicou que no dia 21 de dezembro de 2023 o patrão teria aparecido no sítio e pedido que ele abrisse um buraco em determinado local da propriedade.

Empresário, segundo versão do caseiro, pediu segredo e admitiu que iria enterrar um corpo humano. O patrão, porém, não teria informado se seria uma mulher ou homem, e teria retornado à propriedade em outros momentos para praticar tiro. A polícia foi até o local de trabalho de Gleison e, em uma primeira versão, ele teria dito que a jovem foi até a empresa dele para uma entrevista de estágio, conforme mostrou reportagem da TV Globo. Em seguida, eles teriam consumido cocaína e, após a adolescente ficar sozinha, ela teria tido um mal súbito, ainda conforme depoimento do empresário.

Polícia encontrou pertences da vítima junto ao cadáver. Anel, pulseira, uma sacola plástica com o celular, mochila com peças de roupas e maquiagens.

Foi solicitada perícia ao local e exames no Instituto Médico Legal. O caso foi registrado como morte suspeita, destruição, subtração ou ocultação de cadáver e posse irregular de arma de fogo de uso permitido na Delegacia de Nova Granada.

O que diz a defesa dos suspeitos

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Defesa dos suspeitos nega que eles tenham assassinado a jovem. O advogado Carlos Sereno afirmou que vítima morreu em decorrência do consumo exagerado de drogas durante uma festa de confraternização da empresa de Gleison Luís Menegildo, no final do ano passado. "Na festa, outros funcionários beijaram a adolescente", disse o defensor, que negou que clientes tiveram relações sexuais com a adolescente.

Carlos Sereno informou que o "laudo necroscópico irá confirmar que ela morreu de overdose". "Infelizmente, na hora do desespero, acabaram fazendo essa besteira", detalhou o advogado sobre a ocultação do cadáver.

Empresário pagou R$ 15 mil e caseiro cinco salários mínimos de fiança. Segundo advogado, eles vão responder em liberdade.

Uma arma que estava na propriedade foi aprendida, um revólver sem registro. Uma segunda arma foi encontrada com o empresário, mas não ficou apreendida porque, segundo a polícia, ele é CAC (Colecionador, Atirador e Caçador). A investigação segue para determinar as circunstâncias exatas da morte da adolescente.

Com colaboração do jornal DHoje

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