Homem que matou irmão, pai e soldado foi morto pela Brigada, diz secretário
O homem que matou três pessoas e feriu outras nove em um ataque a tiros em Novo Hamburgo (RS) foi morto pela Brigada Militar, afirmou o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul.
O que aconteceu
Edson Crippa foi baleado durante confronto com agentes da Brigada Militar, segundo Sandro Caron. Em pronunciamento, o secretário de Segurança Pública afirmou que o caso foi uma "grande tragédia" e que a BM reagiu de forma "efetiva e rápida", evitando mais mortes.
"Ele sempre respondia com disparos". Segundo o tenente-coronel Santos Famoso, o atirador não respondia às negociações e disparava constantemente contra as equipes. Vizinhos e outras testemunhas narraram que ouviram rajadas de tiros ao longo da madrugada.
Suspeito, que trabalha como caminhoneiro, era CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e tinha quatro armas em seu nome. Segundo a BM, ele é dono de duas pistolas e duas espingardas, todas com registros "de acordo com a legislação".
Histórico de problemas psiquiátricos. Caron afirmou que Edson foi internado quatro vezes por problemas com esquizofrenia. Ainda assim, ele tinha registro oficial para posse de armas, o que exige laudo psiquiátrico. O UOL procurou a Polícia Federal e o Exército para saber quando foi feito o registro e questionou se tinham ciência do histórico médico do homem.
Dois drones da BM foram abatidos por Edson. A polícia investiga a possibilidade do homem ter programado a ação, já que tinha água, isotônicos e farta munição armazenadas em casa. Cerca de 300 munições intactas foram encontradas na casa, segundo a BM.
A eficiente ação da brigada militar neutralizou o atirador. A ação efetiva e rápida evitou que mais pessoas tivessem morrido. Foi sim uma grande tragédia, mas ela teria sido muito maior.
Secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron
"Cenário de guerra". Quatro armas que estavam registradas no nome do atirador foram encontradas dentro da residência. Segundo o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Antônio Oliveira Sodré, uma "farta munição" foi encontrada dentro da casa na qual ele se sitiou.
O cenário é um cenário de guerra. Ele tinha farta munição. Duas pistolas e mais duas carabinas, ele efetuou disparos em cima dos policiais durante todo o tempo. Tanto o Bope quanto a Brigada Militar fez a contenção necessária.
Chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Fernando Antônio Oliveira Sodré
Entenda o caso
Edson Crippa teve morte confirmada por médicos do Samu após mais de nove horas de cerco à casa dele. Antes de morrer, ele matou pai, irmão e um brigadista militar.
Brigada Militar foi chamada à casa de Edson Fernando Crippa, 45, pelos pais dele. Os idosos denunciaram o homem por maus tratos, segundo a BM. Pouco após a chegada das equipes ao local, o homem começou a disparar. Segundo informações da Brigada Militar, os primeiros tiros foram ouvidos por vizinhos por volta das 23h10.
Identidade dos mortos. As vítimas fatais do atirador foram o pai de Edson, Eugênio Crippa, 74, o irmão dele, Everton Crippa, 49, e o agente da Brigada Militar Everton Raniere Kirsch Junior, 31. Ele deixa esposa e um filho recém-nascido, com 45 dias.
Entre os nove feridos estão seis agentes da Brigada Militar, um guarda municipal e outros dois familiares do homem. Os agentes da Brigada Militar feridos foram identificados como: Joseane Müller, 38; Eduardo de Brida Geicer; Rodrigo Weber Volz, 32, (que passa por cirurgia); João Paulo Farias Oliveira, 26, (passa por cirurgia); Leonardo Valadão Alves, 26 e Felipe Costa Santos Rocha. O GCM ferido se chama Volmir de Souza.
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Quero receberMãe e cunhada de Edson ficaram feridas. Cleris Crippa, 70, foi baleada três vezes e está em estado grave; Priscilla Martins, 41, também está em estado grave. Elas estão internadas no Hospital Municipal de Novo Hamburgo.
De forma inesperada e totalmente agressiva ele aparece e começa a atirar em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência dele. Diante desses disparos que ele efetuou, outras guarnições se deslocaram em apoio.
Tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar
Governador lamenta mortes. Em publicação nas redes sociais, Eduardo Leite afirmou que segue em contato com o secretário de Segurança, Sandro Caron, para acompanhar os desdobramentos da ocorrência.
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