Justiça do RJ mantém prisão do bicheiro Rogério de Andrade
A Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão do bicheiro Rogério de Andrade, nesta terça-feira (29), após audiência de custódia.
O que aconteceu
Andrade passou por audiência de custódia no presídio de Benfica, na zona norte da capital. Depois, será encaminhado para o Complexo de Gericinó, na zona oeste.
O bicheiro foi preso na manhã desta terça no Rio de Janeiro. Denúncia do Ministério Público afirma que Andrade é mandante do assassinato de Fernando de Miranda Iggnacio. Iggnacio foi morto em 2020 em um heliponto no Recreio dos Bandeirantes.
Ele Bicheiro foi preso em casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, área nobre da capital. Depois foi levado à Cidade da Polícia, no bairro do Jacarezinho.
A operação também prendeu Gilmar Eneas Lisboa. Segundo o MP, Lisboa foi o responsável pelo monitoramento da vítima, auxiliando Andrade no crime.
Iggnácio e Rogério eram, respectivamente, genro e sobrinho do contraventor Castor de Andrade. Castor morreu em 1997 e, desde então, a violência na disputa pelo jogo do bicho no Rio de Janeiro escalou.
O UOL tenta localizar a defesa de Rogério de Andrade e Gilmar Lisboa. O espaço segue aberto para manifestação.
Disputa pelo jogo do bicho
Após a morte do tio, Andrade foi acusado de matar os demais herdeiros do espólio. Paulo Roberto foi assassinado no ano seguinte. Ele chegou a ser apontado como mandante, mas foi absolvido posteriormente. Assim como Paulo, Iggnácio também foi assassinado. Andrade mais uma vez foi ligado à morte, mas a ação penal foi encerrada pelo STF.
Com a morte de Castor, os contraventores passaram a travar uma sangrenta disputa pelo controle do jogo do bicho. Segundo investigações da Polícia Federal, mais de 50 assassinatos até 2007 são atribuídos à guerra da contravenção.
Ele foi vítima de um atentado com granada. Em 2010, granadas foram instaladas dentro de seu carro. Seu filho Diogo morreu, mas Andrade sobreviveu, passando apenas por cirurgias no rosto. No documentário "Vale o Escrito", o bicheiro é descrito como "senhor do crime", por Bernardo Bello, ex-marido de Tamara Garcia, que faz parte de outra família importante no jogo do bicho carioca.
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